Tower of Power
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 17 de setembro de 1976
Uma das maiores bandas de rock americanas é a Tower of Power, que hoje já é bastante conhecida no Brasil através de uma série de elepes feitos na Warner Records, regularmente aqui lançados. São dez instrumentistas da pesada, que dominando vários instrumentos oferecem um som forte, vigoroso mas bem mais equilibrado do que vários outros grupos pop, dos muitos que quase que semanalmente são colocados nas lojas pelas diversas gravadoras. O Tower of Power é formado por Hubert Tubbs nos vocais e cinco instrumentistas na seção de metais: Lenny Pickett, Emílio Castillo, Steve Kupka, Mic Gilette e Greg Adams, os quais se revezam no sax, trombone, pistão e fluegelhorn. Já a seção rítmica é formada por Chester Thompson (órgão, baixo), Bruce Conte (guitarra), Francis Rocco Prestia (baixo) e David Garibaldi (bateria). Alguns também ajudam nos vocais, melhorando o equilíbrio das músicas criadas coletivamente, " Live And In Living Color" (WEA, 26.001, agosto/76), gravado ao vivo, durante um concerto do Tower of Power no Sacramento Memorial Auditorium and Cerritos College, em Sausalito, é um disco excitante, com longos solos instrumentais, numa aproximação quase jazzística dos integrantes desta " Torre de Poder". Já por este aspecto, a audição do álbum torna-se interessante não apenas aos habituais curtidores do som do TP, mas até aos ouvintes mais exigentes, que não se emocionam nem se entusiasmam com as alocubrações eletroacústicas. No mínimo não se pode negar a competência dos rapazes da Tower of Power. As músicas apresentadas, em sua maioria, já são conhecidas de outros elepes, mas adquiriram, no concerto ao vivo. Maior vigor e entusiasmo: " Down To The Nightclub" (Bump City), " You're Still a Yours Man", " What Is Hip?", " Sparkling In The Sand" e " Knock Yourself Out", esta última uma composição de S. Kupka/ Emilio Castillo de 1970 e que ocupa todo o lado dois do disco. Ao longo de 23:40', o tema central é desenvolvido e improvisado de todas as formas, valendo, por si só, já a duição atenta do elepe.
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