Um encontro com muitos quilates
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de outubro de 1983
O empresário Hans Stern deu um exemplo de elegância e cordialidade profissional na manhã de quarta-feira, ao receber para um breakfest, no Slavieiro Palace Hotel, onze dos maiores joalheiros da cidade.
<< Um encontro de centenas de quilates >>, como foi definida a agradável reuniões, mostrou o cavalheirismo do empresário que iniciando modestamente, em 1946, é hoje dono de 150 lojas em todo o mundo - 70 das quais no Brasil - e o 4.º grupo joalheiro do mundo.
A reunião não foi de negócios, mas nem por isto deixou de haver uma boa troca de impressões sobre o delicado e especializadíssimo mercado de jóias e pedras preciosas. Ao sr. Murilo Reffo, presidente da Associação dos Relojoeiros e Joelheiros do Estado do Paraná e um dos maiores comerciantes de brilhantes do Brasol. Hans Stern falou de sua antiga amizade com o velho Aloisio Reffo, que nos anos 40, foi seu companheiro de trabalho, nos primeiros e difíceis tempos de vendas de Jóias. Devido o sr. Aloisio Reffo estar adoentado os dois velhos amigos não puderam se encontrar.
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Murilo Reffo comentava, às 10 horas, ao sair do Slaviero Palace Hotel, que raras vezes os big shots das jóias no Paraná se encontram. Mesmo nas reuniões da associação, as diferentes firmas enviaram representantes. Entretanto, o convite pessoal de Hans Stern, para um café-da-manhã, fez com que tradicionais concorrentes se reunissem, num papo dos mais descontraídos. E ali estiveram Moises Bergerson, Chaim Boiko, Aristides Ajax, Marcus Bergerson, Magnus Kaminski (<< A Pérola >>), Werner Dalitz (<< Dijonn >>), Manoel Rosenmann, Arno Cardoso e seu filho (<< Joalheiro Carice >>), Salomão Woller e as jovens Laura Maria e Rossana Cavaciocchi (<< Zoller Jóias >>).
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A noite, no Graciosa Country Clube, Hans Stern e sua esposa, sra. Ruth, mais o vice-presidente da empresa. Iguaçu Iguera Tykocinski e o gerente de promoção e marketing, Sérgio Luiz Aurio (ex-Souza Cruz), receberam mais de 300 pessoas, para jantar desfile de jóias. Um eficiente esquema de segurança - com carros, soldados fardados e até cavalarianos - foi armado para garantir a tranquilidade não só dos promotores da festa que ali exibiram alguns bilhões de cruzeiros em jóias), mas também dos convidados, já que as senhoras e senhoritas presentes, portanto reluzentes brilhantes, diamantes, etc.
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O Tradicional Jazz Band, grupo musical que se dedica a cultivar a música nascida em New Orleans, no final do século passado, fez um belo show-exibindo improvisos marcantes. Tito Martino, clarinetista e líder do grupo, como sempre faz nas apresentações, deu explicações didáticas de cada número com aplausos entusiasticos do público.
Sérgio Luiz Aurio, ainda quando na Souza Cruz, passou a prestigiar o TJB, que agora vem sendo contratado sempre que H, Stern promove um evento. Ao final do espetáculo. Tito Martino - que retornou há pouco de Berlim Ocidental (onde residiu por 3 anos), falava de interesse do Tradicional voltar a Curitiba, para uma temporada. Afinal, desde 12 de agosto de 1972, quando fez sua primeira apresentação no Paiol, esta banda de jazz tem um bom público na cidade.
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Durante o tempo que passou na Alemanhã. Tito Martino - que é engenheiro da Prefeitura de São Paulo fez um curso de pós-graduação em gravação e participou de um elepe, com um grupo de jazz tradicional dormado por músicos alemães. O TJB sofreu várias substituições nos últimos anos e fez há pouco um compacto, sem distribuição comercial. O TJB com diferentes formações, já tem seis elepes gravados - embora quase todos fora de catálogo.
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