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Aramis

Uma dupla competente pra recuperar paiol

Uma boa notícia a todos que se preocupam com a vida cultural da cidade: Marinho Gallera e Paulo Cessar Bottas são, há uma semana, os novos responsáveis pelo Teatro Paiol. Desafio da dupla: recuperar o teatro que como casa de espetáculos vem sofrendo há meses de um crítico processo de ausência de público, ao ponto dos últimos shows ali promovidos (Triângulo, com Luisinho Eça/Luis Alves/Robertinho Silva; Olivia Hime; Francisco Mario e Geraldo Flach e trio) terem reduzidíssimos espectadores. A notícia correu e se no passado o Paiol tinha fama de um espaço pé quente, hoje os artistas já não aceitam vir ao mais acolhedor teatro da cidade. xxx Bem relacionados no plano nacional, com experiência na área musical, Paulo César Bottas e Marinho Gallera – se tiverem o apoio indispensável (leia-se: condições financeiras para poderem montar um bom programa) farão o Paiol voltar aos velhos bons tempos, Marinho, além de compositor e (excelente) cantor, tem um know-how precioso para atuar na área: entre 1975/77 coordenou no Paraná e projeto Pixinguinha, em suas primeiras edições. Fez um relacionamento profundo com grandes nomes da MPB que, agora, atenderão, por certo, o convite para incluírem o Paiol em seus roteiros. Se de um lado, tem credibilidade para fazer a programação do Paiol crescer, por outro lado a responsabilidade de Marinho (e Paulo César) é grande: não pode haver falhas e repetir-se os fracassos do ano passado. xxx Entre o período que se seguiu a inauguração do Paiol – há 13 anos passados – e os dias de hoje, muita coisa mudou. Naquela época, os auditórios da Fundação Teatro Guaíra estavam praticamente desativados e muitos dos grandes nomes que passaram pelo Paiol não tinham, evidentemente, os esquemas de superprodução que hoje marcam suas apresentações. Para levar bom público ao Paiol, não basta apenas uma boa programação: é indispensável um cuidadoso trabalho de (in) formação da arisca (e desinformada/desatenciosa) platéia curitibana – tema sobre o qual não nos cansamos de falar em nossas colunas.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
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29/01/1985

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