Uma reedição dos contos de Cândido
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 10 de fevereiro de 1985
José Cândido de Carvalho passou 25 anos entre o primeiro romance ("Olha para o céu, Frederico", 1939), para o segundo - "O Coronel e o Lobisomem" (1964, primeira edição de O Cruzeiro). Em compensação, depois que esta segunda obra se tornou best-seller (encontra-se agora em 33ª edição), José Cândido animou-se a publicar seus outros textos. Em 1971 saiu "Porque Lulu Bergantim não Atravessou o Rubicon" (Contados, astuciados, sucedidos e acontecidos do povinho Brasil, 1971), em 1972, publicou "Um Ninho de Mafagafes cheio de Mafagafinhos"; em 1972, ainda, reuniu, em "Ninguém Mata o Arco-Íris", 35 perfis jornalísticos publicados originalmente na revista "O Cruzeiro" - nos longos anos em que trabalhou naquela revista, então a mais importante do Brasil. Em 1974, uma antologia de contos - "Manequinho e o Anjo da Procissão", interrompeu, novamente a produção de José Cândido. Prometendo há muito o romance "O Rei Baltazar", finalmente no final do ano passado, considerando que tanto "Porque Lulu Bergantin não atravessou o Rubicon" como "Um Ninho de Mafagafes" encontravam-se esgotados, decidiu reunir em um só volume as melhores estórias daqueles dois livros. Resultado: "Os Mágicos Municipais" (Seleção de contados, astuciados, sucedidos e acontecidos do polvilho do Brasil) (Livraria José Olympio Editora, 252 páginas, capa de Appe. Cr$ 16.300,00) se constitui, sem dúvida, numa das mais deliciosas contribuições literárias à nossa estante humorística.
LEGENDA FOTO - Carvalho: contos reeditados.
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