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Aramis

Presença de Denise e programa de Zuza

A estrela sobe. A iratiense Denise Stocklos, hoje o primeiro nome da mímica no Brasil, continua na maior evidência, requisitada para o que existe de melhor em termos artísticos. Por exemplo, desde o dia 27 de fevereiro, é a única artista fixa do projeto Women, realizado no Teatro Sesc-Pompéia, dentro das comemorações que o Sesc-São Paulo idealizou para lembrar o Dia Internacional da Mulher (8 de março). 40 mulheres, algumas mais conhecidas, outras menos famosas, que têm entre si um elo comum - a ligação profissional com a música - vêm se apresentando em shows diários. O elo de ligação é feito por Denise Stocklos, apresentando todas as companheiras participantes do projeto. xxx É um verdadeiro festival feminista da música popular. Há novas e elogiadas cantoras como Tereza Cida (estilo marcado pela música negra americana, com seus spirituals, souls e blues); a compositora e cantora Sylvia Patrícia; Letícia Garcia (instrumentista de vanguarda lançando um elogiado lp independente com o complicado nome de "Magamaquia Vélica em Canturbano"); Vânia Bastos (uma das granes revelações de 1984), Regina Tati (intérprete das canções de Jean e Paulo Garfunkel que são quase curitibanos) e, especialmente, Ná Ozetti, que mesmo sem ainda ter feito nenhum disco é saudada como a grande revelação vocal nos últimos meses. xxx Um dos maiores entusiastas de Ná Ozetti (anotem o nome para conferir no futuro) é Zuza Homem de Mello, presidente da Associação dos Pesquisadores da MPB, crítico d'"O Estado de São Paulo" e que há 8 anos apresenta o programa de maior audiência da Jovem Pan Am, em São Paulo. Aliás, a comemoração deste Aniversário foi das mais agradáveis: no bar Vou Vivendo, em Pinheiros, Zuza transmitiu o programa rodeado de centenas de amigos, entre os nomes mais conhecidos dos meios artísticos, aos quais ele sempre deu o maior apoio. Afinal nestes quase 3 mil dias foram apresentados aproximadamente 2 mil programas com uma média de 12 músicas, vinhetas ou ilustrações musicais por dia. O programa que já foi premiado 3 vezes consecutivas pela Associação Paulista dos Críticos de Arte como o melhor musical do rádio, é aberto a todos os gêneros musicais, do caipira ao blues, do rock à valsa, tendo justamente nessa ausência de preconceito um dos motivos de sua audiência tão ampla e fiel em faixas sociais e etárias. Zuza tem sido também um dos profissionais mais atenciosos na divulgação da música dos compositores e intérpretes do Paraná. De sua última passagem por Curitiba, levou os discos com Marinho Gallera e Paulo César e o coral da FCC, interpretando a cantata de Geraldo Vandré e o belo elepê instrumental de Helinho Brandão/Chico Mello, já programados em seu programa. A revista "Quem", agora nas bancas, apresenta uma longa entrevista de Zuza, na qual ele fala não só de suas atividades no rádio, mas também sua experiência como promotor de festivais de MPB, de três festivais de jazz e suas andanças pelo mundo.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
08/03/1985

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