Jovem Guarda
A Melodia que volta
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 07 de junho de 1987
A volta não poderia ser mais badalada: generosos espaços na imprensa nacional, elogios mesmo de críticos costumeiramente azedos e as perspectivas de um retorno artístico profissional. Isto está acontecendo com Luis Melodia (Luis Carlos dos Santos, Rio de Janeiro, 7/1/1951), que mesmo tendo sucessos nas vozes de Gal Costa ("Pérola Negra", 1972) e Maria Bethânia ("Drama Anjo Exterminado", 1972), jogou pela janela uma carreira regular devido ao seu complexo temperamento.
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Sérgio e sua boa opção brasileira
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 07 de junho de 1987
SÉRGIO REIS (Sérgio Basini, São Paulo, 23/6/1940) é um caso até raro na música popular brasileira. Numa época (segunda metade dos anos 60), em que os jovens cantores buscavam a macaquice do ié-ié, muitos chegando inclusive a adotar pseudônimos estrangeiros, ele, após iniciar dentro do movimento Jovem Guarda, gravando uma versão ("Lana", Roy Orbison, 61) e conquistando o sucesso popular com uma balada bobinha ("Coração de Papel", 1967) entendeu que o importante era se voltar às raízes brasileiras.
Compactos
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 16 de novembro de 1975
Francisco Petronio é um dos seresteiros mais populares do elenco da Continental.
O cenário de Martinho
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 12 de outubro de 1975
Após uma crise de três anos (1968/70), o Samba ressurgiu com força em nosso mercado, apesar de toda alienação provocada pela [supérflua] música pop.
Wanderléa, gente afinal...
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 05 de outubro de 1975
A primeira tentativa de mudar a imagem foi há dois anos passados: "Wanderléa Maravilhosa", seu primeiro [elepê] na Polydor/Philips, tentava modificar a imagem da ternurinha da Jovem Guarda, que em 11 anos de CBS (seu primeiro disco, "Meu Anjo da Guarda" saiu em 1962) haviam identificado com a linha mais [medíocre] da MPB, que teve durante uma longa fase, o [domínio] de Roberto e Erasmo Carlos, espécie de anjos protetores da ternurinha mineira (nasceu em Lavras, há 29 anos).
Cama & sexo na roda do samba (como faturar com erotismo)
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 13 de abril de 1986
Vem, vamos pro leito,
Vem arranhar meu peito,
me arranque o coração
Vem, vem sem pudor nenhum
Vulgar e tão comum é não
morrer de amor
Sem antes e depois
O convite explícito, direto: ao longo de 11 faixas - quase diria, sussurros eróticos - Wando, que no passado já havia escalado as paradas de sucesso com uma machista música sobre "a moça que já é mulher" ("Moça", 1977, tema de telenovela "Bandeira 2"), assume, definitivamente, a condição de sambista-excitação para um público basicamente feminino, acima dos 30 anos.
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Vocalistas
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 15 de maio de 1977
1 - Continuam a aparecer discos de músicas francesa, para quem curta o gênero, como o pintor Fernando Velloso, diretor do Museu de Arte Contemporânea. George Moustaki, um dos mais conhecidos (no Brasil) nomes da música francesa nos última anos, amigo do Brasil (e de Naras Leão) tem um novo lp (Polydor/Phonogram, 2393146, abril/76), com 10 composições próprias, além de uma adaptação sobre o tema do folclore peruano "El Condor Pasa". Mais diversificado é o lp "...
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Gilbert na Continental
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 02 de fevereiro de 1975
Finalmente está saindo o primeiro compacto de Gilbert pela sua nova gravadora, a Continental. E o primeiro lançamento de Gilbert na gravadora é quentíssimo: a música "Concerto para um amor", de sua própria autoria, gravada por ele em português e que é tema da novela. A música já era tema de novela, mas em instrumental apenas. Gilbert gravou-a com arranjos do maestro José Briamonte, e ela continuará agora fazendo parte da novela.
Os discos da Continental
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 12 de setembro de 1974
TRIO IRAKITAN
Pode-se dizer que o Trio Irakitan acompanhou e atravessou quase todas as fases de renovação da moderna música popular brasileira. Formado em 1950, por João Costa Netto, Paulo Gilvan e Edson França, eles se preocupam desde o início em pesquisar a nossa mais pura música regionalística (baião, frevos, etc) alastrando-se até o nosso samba propriamente dito, na sua faceirice e musicalidade de então.
Música
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 19 de janeiro de 1973
Jerry Adriani (foto) apareceu mais ou menos na mesma época em que Roberto Carlos começara no programa "Jovem Guarda" (65-66). Modificando seu nome (Jair Cruz), especializando-se em versões, o jovem conseguia transformar-se de modesto office-boy em um dos cantores jovens de agrado de uma faixa do público classe "c" e "d", principalmente meninas de 12 a 20 anos. Se Roberto Carlos obteve o reconhecimento de um público mais sofisticado (que não poderia deixar de "aceitar um compositor-cantor que consegue vender um milhão de discos).
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