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Lupicínio Rodrigues

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Em outubro de 1972, o poeta Vinícius de Moraes escrevia na contracapa do elepê de retorno de Nora Ney ("Tire seu sorriso do caminho que eu quero passar com a minha dor", Som Livre, SSIG 1020), que a ouvindo na casa de samba "Feitiço da Vila", que ela e seu companheiro, Jorge Goulart, teve por algum tempo em Belo Horizonte, reabrindo-a depois no Rio de Janeiro, observou que as moças que se encontravam em sua mesa - "e havia algumas super prá-frente" - choraram" sem remissão ao calor de sua voz suja de vida e de mundo: seu timbre sensual e rascante; seu fraseado bem esdondindo, cheio de

Carlos Alberto

Ao lado do bolero clássico, das criações do mais alto nível melódico, como os de Roberto Cantoral, Agustin Lara ou Armando Manzanero, para citar apenas três exemplos representativos, existe o bolero aculturado ao consumo do grande público brasileiro, uma parcela influente no mercado consumidor de discos, o que estimula carreiras de dezenas de intérpretes e faz com que mesmo gravadoras sofisticadas, como a multinacional Phonogram ou a nova Sigla/ Som Livre, dediquem atenção ao gênero.

Justiça a Déo

Ao se propor a realizar a série de reedições para a Continental, utilizando o seu impressionante acervo, o pesquisador João Luiz Ferreti decidiu que não se restringiria aos nomes conhecidos e ainda com uma popularidade capaz de garantir boas vendas, mas também procuraria revalorizar artistas injustamente esquecidos. E tanto é que o volume 20, é dedicado a um cantor dos mais importantes durante pelo menos duas décadas (30/40) e que hoje não é lembrado por muitos poucos: Déo (Ferjalla Rizkalla, 10 de janeiro de 1914 - 23 de setembro de 1971).

A real antologia do Quarteto em Cy

Em onze anos, o Quarteto em Cy tem sido um exemplo das transformações que caracterizam a maioria dos grupos vocais a proporção que vão alcançado o sucesso sofrem distenções internas, substituições, que chegam, ao fim de algum tempo a marcar o final dos grupos. Com o Quarteto em Cy, felizmente, ao menos o nome e 50% do original resistiu aos mais diferentes problemas numa década de atividades intensas.

Chico & Bethânia

Faz mais de uma década que a gravação de shows musicais resultam em ótimos resultados de vendas. Afinal, é uma forma de preservar momentos perfeitos (ou não) da MPB nos palcos (teatros, boates, faculdades) e, democraticamente, permitir que o público da mais distante cidades conheça, ao menos auditivamente, os momentos de calor & emoção musical, presenciados pelos privilegiados espectadores das grandes capitais.

Cantores/Compositores (IV)

A Companhia Industrial de Discos, decidiu reaproveitar o seu acervo de música nacional criando uma série intitulada "Talento Brasileiro", iniciando com três lançamentos: Codó, Abel Ferreira e Moreira da Silva. Sobre este último, um registro (Antonio) Moreira da Silva (Rio, 1º de abril de 1902), 46 anos de atividades profissionais, ex-motorista de ambulância, homem vindo das camadas mais humildes da população, tornou-se, historicamente, o introdutor do chamado "samba-de-breque", ou seja, o estilo de interromper a música com uma parada súbita.

O bom forró, de Gonzagão a Nando Cordel

Como disse Eduardo Martins ("O Estado de São Paulo", 28/3/86), tudo os une, até mesmo a origem comum, e nada os separa, nem mesmo o sucesso. Criador e criatura, está longe o tempo em que Luiz Gonzaga (Exu, PE, 13/12/1912) e Dominguinhos (José Domingos de Morais, Garanhuns, PE, 12/2/1941) tocavam nas feiras e animavam bailes. Hoje, reconhecidos como intérpretes maiores, donos de públicos que se espalham por todo o País (e não apenas mais no Nordeste), eles influenciaram toda uma faixa musical - e, a cada novo disco, intercambiam experiências e amorosas presenças.

Mulher 2: Eliana, a cantora

O nome é simples como ela própria: Eliana da Praia. Morena, queimada pelo sol da praia de Canasvieras, SC, divide seu tempo entre burocráticas funções de secretária - executiva de poderoso grupo empresarial, curso de inglês, faculdade e - grande amor de sua vida - a música popular. Começou amadoristicamente, cantando em festinhas e reuniões informais. Depois passou a defender músicas de amigos, em festivais estudantis. Deu certo. Tanto é que todas as músicas por ela defendidas foram bem classificadas.

Orlando Dias ataca novamente

Há dois anos, o jornalista Tarik de Souza, hoje o mais ativo disc-review da imprensa brasileira fez uma interessante análise sobre a chamada "música de bas-fond ", ou seja, dos intérpretes consumidos pelas platéias mais marginalizadas da sociedade, que aparentemente parecem não dispor de poder aquisitivo siquer para a sobrevivência física mas que, surpreendentemente, garantem, o sucesso impressionante de mais de uma dezena de cantores melodramáticos, que se dedicam a cantar os dramas, os desenganos e, por que não, as esperanças das mulheres abandonadas, decaídas, como, por exemplo, Odair Jos
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