As bodas de prata de Zé Maria e Ruth
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 23 de maio de 1984
A imagem que o público tem, erroneamente, dos meios artisticos,é de que as ligações cunjugais são tão efemeras quanto uma produção de sucesso. Curitiba, felizmente, se tem de um lado um pobre vida artistica em termos teatrais, tem exemplos dos mais saudáveis casamentos dos que se dedicam à nossa ribalta. E o mais profissional dos homens que fazem teatro entre nós, José Maria Santos, 50 anos, comemora nesta quarta feira,22, suas bodas de prata das ( muitas ) horas que o bom Zé tem enfrentando desde que decidiu trocar a solidez do emprego de publicista de produtos farmaeuticos pelos riscos de vier apenas de teatro - e lá se vão mais de 15 anos batalhando nos palcos do Sul do Pais.
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Com uma missa ao entardecer, na igreja do Rosário - e para a qual o casal Santos está convidando sua legião de amigos - vai dar graças aso céus por este quarto de século de vida em comum, dos quais há cinco filhos e três netos: Joseth,24 anos, Simone,23 , José Mauro,22, Viviane, 21 e Daniele, 11. Os netos chamam-se Barbara, Olivier e Pieza - o primeiro filho de Joseth, os dois últimos de Viviane.
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José Maria, após quase 12 anos de "prisão"no WC, divertindo milhares de pessoas com " Lá ", do gaúcho Sérgio Jockymann, pela terceira vez encenará um texto do jornalista e dramaturgo Manoel Carlos Karam. Em 1974, Zé encenou a peça " Fulano de Tal " em 1976 montou " Doce Primavera ", que inclusive foi levada ao Rio e Brasilia.
Agora vai estrear um novo, inteligente e, sobretudo bem humorado show de Karam: " O Amigo do Amigo da Onça ". Como sempre, uma peça em que o humor reflexivo de Karam não só diverte na hora, mas como acompanha o espectador por muito tempo. Zé Maria espera que o público não seja amigo da onça e prestigie a temporada.
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