Boot with Strings
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 17 de janeiro de 1970
Boots pode ser traduzido como "botas" e já deu nome a um bom lp de Nancy Sinatra. Mas Boots é também o prenome - artístico, cremos - de um notável saxofonista norte-americano que tem um de seus lps gravados na Monument - uma nova etiqueta que passou a ser representada no Brasil pelo grupo da CBD (Philips) - lançados entre nós. Para os menos avisados, o álbum pode inclusive ser adjetivado de jazz. Mas não é isto: longe de ser um músico de experiências e improvisasões, Boots Randolph é um notável saxofonista iminentemente romântico que em 12 caprichadas faixas comprova tôda sua sensibilidade.
Amparado em cordas e um belo coral, Boots Randolph foi buscar num repertório de conhecidos temas românticos - alguns da década de 60, outros mais antigos (como "Unchained Melody", de Zareth North, 1952), o "leit-motiv" deste [álbum] embalante, delicioso de se ouvir.
Boot Randoph consegue tirar de seu instrumento os delicados sons apropriados ao encando e romantismo de músicas como "Moon River" (Mercer-Mancioni), "Michele" (McMartney-Lennon), "I Left My Hear In San Francisco" (Cross-Cort), "Dear Seart" (Livingston-Evans Mancioni), "The She dow of Your Smile" (Webster-Mandel), "What Now My Love" (Sigman-Becaud-Dealanoe), "Days of Wine And Roses" (Mercer-Mancine), "What Kind of Fool Am I?" (Bricusse-Newly) e "You've Lost That Lovin'Feelin" (mann-Well-Spector).
Sem maiores pretensões, pode se classificar "Boots With Springs", como um dos bons discos deste início de ano.
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