Botoneiro Hélio será atração de hoje no "Jô - Onze e Meia"
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 18 de abril de 1991
Caso não haja substituição de última hora, "Jô Soares - Onze e Meia" (Rede TVS - TV Iguaçu, 23h30), apresentará hoje uma entrevista com três personagens dos mais conhecidos em Curitiba: Hélio Lattes (ou "Leites"), Lena Horn e o músico Carlos Careqa (com "Q"). Generosos e idealistas animadores culturais (espontâneos) da cidade, este trio é responsável por iniciativas que da modéstia e amadorismo com que são formuladas alcançam hoje um significado especial e já mereceriam ter sido pauta para o suplemento "Veja Paraná", que tem dado espaço nobre a assuntos bem menos merecedores de suas coloridas páginas.
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Paranaense de Arapongas, 40 anos, desde 1974 em Curitiba, ganhando a vida como funcionário da agência do Banco do Estado de São Paulo, Hélio costuma dizer, à maneira de Mário de Andrade, que "não sou um, sou vários". Já viveu em Apucarana, Lapa, São João da Boa Vista (em São Paulo) e hoje, com a mãe, Maria Emília, e o irmão, Fábio, reside no Pilarzinho onde, em sua casa-atelier, faz um artesanato minimalista que resulta nos decalques que espalha em todos os eventos culturais da cidade. Idealizador do primeiro Museu de Botões do mundo, Hélio dividiu suas inovações em vários braços: Associação dos Assobiadores (que sonha em criar o "Assobiódromo"), a Igreja da Salvação pela Graça, e, lançando neste último Carnaval, a Ex-cola de Samba Unidos do Botão, que na pobreza de nossa festa momesca foi o maior destaque conforme aqui registramos.
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Lena Horn, catarinense, 34 anos, artista plástica, é hoje a principal auxiliar de Hélio na confecção de seus "bottons" - e também de micro-esculturas, que buscam temas e imagens poéticas - que a dupla vende aos domingos, pela manhã, na Praça Garibaldi. Carlos Careqa, compositor, violonista, cantor e ator, cuida da parte musical das iniciativas que Hélio está sempre bolando.
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