Centros Culturais
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 23 de outubro de 1974
Por ocasião de sua última visita a Curitiba, a convite da Secretaria da Educação e Cultura, o professor Marcilio Velloso, executivo da Didacta, empresa do Grupo José Olympio preocupada com produção de material destinado ao ensino, revelou os primeiros detalhes de um novo projeto - "Centro Artístico-Cultural", que a exemplo de outras proposições da bem organizada editora (Museu de Arte, iniciação à Cultura Brasileira, Kits etc), deverá ter grande repercussão, pois vem preencher um vazio existente no mercado brasileiro. Explica Marcilio que o projeto foi elaborado visando atender não só a Lei nº 5.692, da Reforma de Ensino, que estabelece em seu artigo sétimo a obrigatoriedade da Educação Artística no Ensino de 1º e 2º graus, "o que veio encontrar os meios [educacionais] desprovidos de material correspondente", como também, atender às necessidades de informação e formação artístico-cultural do povo em geral. Com duas finalidades básicas - [agregação] e irradiação, cada Centro se tornará num importante polo cultural, principalmente em milhares de comunidades do Interior, onde não existe a menor informação cultural. Cada Centro será formado por um Museu de Arte Didacta (70 reproduções de quadros mais importantes do mundo, vinte esculturas, roteiro guia e acessórios), coleção "Iniciação à Cultura Brasileira" (5 volumes, 480 diaposivitos), filmes sobre arte (série de 36 em super 8), e mais as coleções "O Mundo da Arte" (10 volumes) e Biblioteca de História Universal (Life) (16 volumes). Embora estruturado em necessárias bases empresariais, (custo total de Cr$ 72.400,00) o projeto foge das características iminentemente [mercantilistas], pois se põe a cobir de forma inteligente e ordenada, um imenso claro existente na maior parte dos municípios brasileiros, carentes de uma melhor orientação artístico-cultural.
Enviar novo comentário