Cinema
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 16 de fevereiro de 1974
A estréia de "Blácula" (Cine Glória, segunda-feira) não deve deixar de interessar aos fãs do cinema de terror: pois esta produção de Joseph Naar, distribuída pela Warner Brothers, representa uma nova fase em torno do notável personagem criado por Bram Stockler em 1987 e que tem sido aproveitado de diferentes maneiras pelo cinema mundial. Dirigida por William Crain, esta é uma versão negra em torno do famoso vampiro, que começa em 1815, quando Drácula amaldiçoa o príncipe africano Manuwalde quando ele e sua mulher, Luva, ousam pedir-lhe que assine uma petição contra a escravidão. Manuwalde recebe o nome de Blácula e é metido num caixão até os dias atuais. E naturalmente ele reaparece em uma grande cidade americana, envolvendo-se em diversas situações - entre o cômico e o dramático. Por coincidência, na mesma semana em que "Blácula, O Vampiro Negro" - com William Marshall (foto) no papel título - chega a Curitiba, é lançado nova edição do romance de Bram Stockler - onde, há 77 anos, foram estabelecidas as "normas básicas" do vampirismo: 1) vive à noite, semimaterialmente; durante o dia conserva-se em seu caixão num estado letárgico, comparável à morte; 2) bebe diretamente sangue humano, pois não pode processar alimento no aparelho digestivo; 3) sua imagem não se reflete em espelhos; 4) teme apenas alho e símbolos cristãos, como o crucifixo; 5) só pode ser devolvido à morte definitiva se tiver seu coração varado por uma lâmina e a cabeça decapitada; 6) E, o que talvez seja mais importante: quando um vampiro suga todo o sangue de um ser humano, faz com que ele também se torne um vampiro, que necessita, imediatamente, de sangue humano, para continuar, infinitamente, nesse estado.
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