Cinema
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 04 de janeiro de 1974
1974 começa com uma série de promessas da Fama Filmes em favor do público: a reforma do Cine Avenida e conseqüente melhoria em sua programação, transferindo os indignos bang-bang italianos para o São João, um projeto de (re)lançamento dos bons filmes do ano e, oh! esperança, talvez a iniciativa de manter uma programação de cinema de arte, em alguma de suas (muitas) casas com capacidade ociosa. Mas aqui volta o antigo problema, já abordado, por várias vezes e sempre com inteligência, por Almir Feijó Jr., neste canto de página: de nada adianta anunciar uma programação de arte, "no mesmo estilo do Cinema-2", se não houver uma regularidade nos lançamentos, um prévio preparo do público, a distribuição de farto material a propósito de cada filme, enfim um trabalho inteligente, feito por pessoas de sensibilidade e que resultará em maior freqüência as sessões e, para quem gosta do bom cinema, a oportunidade de melhores opções. A primeira oportunidade que a Fama Filmes desperdiça, neste início de ano, é o lançamento quase que obscuro de "Volte para casa, Snoopy", segundo longa-metragem inspirado nos personagens de Charlez Schultz e que interessam de certa forma muito mais aos adultos do que as crianças.
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