CINEMA
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 20 de fevereiro de 1973
Graças aos esforços de madame Helene Grafunkel (foto) e dos professores de cursos da Aliança Francesa, os curitibanos poderão assistir, a partir de 19 de março próximo, alguns dos mais importantes momentos do cinema mundial, numa mostra chamada "Tesouros da Cinemateca Francesa". Com cópias cedidas pela mais completa cinemateca do mundo, esta mostra - a ser desenvolvida em mais de 30 sessões, no Teatro do Paiol, auditório da Bibliotéca Pública e anfiteatro da Faculdade de Filosofia da UFP - apresentará desde os primeiros filmes de Georges Mélies (1861-1938) até os fragmentos do lendário "Que Viva o México" de Serguei Einsenstein (1898-1948), rodado entre 1941-1944, num projeto ambicioso produzido por intelectuais americanos e para os quais Eisenstein chegou a filmar cerca de 64 mil metros de película. Incluindo cômicos primitivos franceses, filmes de Paul Cziner, Cecil De Mille, Carl Dreyer, Edwald Dupont, Jean Spstein, John Ford, David Griffith, Buster Keaton Fritz Lang Friedrich Murnau, Jean Renoir, Robert Siedmark, Victro Sjostrom, Mauritz Stiller, Joseph von Sternberg, King Vidor e Jean Vigo - entre outros mestres, esta mostra se constituirá no mais importante acontecimento em termos de cultura cinematográfica, neste primeiro semestre de 1973. Trata-se de filmes realizados nas três primeiras décadas do século XX muitos nunca lançados comercialmente no Brasil e cujos únicos originais estão cuidadosamente guardados na Cinemateca Francesa. Abrindo as portas de seu "tesouro "cinematográfico, o conservador Henri Langlois deu agora chance de que o público brasileiro conheça alguns dos mais notáveis momentos da história do cinema.
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