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Cony explica "O Garoto"

Em seu ensaio-antologia sobre Chaplin, Carlos Heitor Cony considera "O Garoto" e filme mais popular do gênio do cinema : "A figura do vagabundo e do garoto (Jackie Coogan) tentados na soleira da porta é uma das mais reproduzidas em todo o mundo. Sem ser considerado uma obra prima é mais agradam a todos os gostos, inspirando quase uma dezena de livros escritos sobre ele." Como acontecia com a produção de quase todos os filmes longos de Chaplin "O Garoto" levou quase um ano de trabalho, tendo custado cerca de 300.000 dólares. Chaplin rodou quase 150.000 metros de película, tendo ficado a versão definitiva com 1.700 metros. A idéia do filme, segundo cita Cony, foi inspirada na infância de Chaplin. "Mas algumas cenas desvairadas, quando o vagabundo sente que está perdendo o garoto, não é assunto de sua infância e, sim, de sua vida atual. O divórcio com Mildred Harris foi-lhe doloroso e o desespero de ver a sua família despedaçada deu-lhe a autenticidade dramática na realização deste filme. Chaplin, em sua vida pessoal, é um possessivo. Exemplo disto à a sua reação aos filhos que crescem: Geraldine, filha de Oana, brigou judicialmente com o pai. Esta tendência a ser um pai reacionário explica as cenas desvairadas de "O Garoto" e ilumina alguns ângulos da alma de Chaplin". Outra informação importante sobre "O Garoto": o filme, em seu primeiro relançamento, em 1937, surgiu em versão sonorizada, tendo a música sido composto por Henry Verdun. As fichas Técnicas O Garoto (The Kid), história e direção de Charles Chaplin, fotografia de Rollie Totheroh; elenco: Chaplin (um vagabundo), Jackie Coogan (o garoto), Edna Purviance ( mãe), Carlo Miller (o artista), Tom Wilson (o guarda), Charles Fiesner (o valentão), Albert Autin (o malfeitor), Nelly, Ely Baker (a vizinha), Henry Bergman (o dono do albergue), Lita Grey (a mulher má do sonho, Phyllis Allen (outra mulher) e Sydeney Chaplin (o inspetor público). "O Garoto" é considerado o primeiro longametragem de Charles Chaplin, tendo sido lançado em 6 de fevereiro de 1921. "Os Ociosos" (The Idle Class, lançado anteriormente no Brasil como "Os Clássicos Vadios ou "Carlitos e a Mascara de ferro"); fotografia de Rollie Totheroh; argumento e direção: Chaplin; Elenco: Um vagabundo e um gentleman (Chaplin); a mulher do gentleman - Edna Purviance; o pai - Mack Swain; o golfista - Allan Garcia; um convidado - Loyal Underwood; outro vagabundo - Hwnry Bergman; o batedor de carteiras - Rex Story, o vizinho - John Rand e a criada - Lita Grey.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
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01/08/1975

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