As cores sonoras do ano
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 15 de janeiro de 1984
A Cor de Som possui um dos maiores e mais fieís públicos no Brasil. São milhões de jovens que lotam estádios, ginásio e (grandes) auditórios nos quais o grupo se apresenta. Mesmo tendo perdido de um de seus mais criativos integrantes - Armandinho, que retornou as suas origens (o Trio Elétrico), A Cor do Som continua tendo excelente marketing que, sabidamente, aproveita. Após ter um discomix com a faixa-título de seu novo elepe (o sétimo) - "As Quatro Fases do Amor", sai agora o elepe com as 12 músicas, jovens, vibrantes alegres, destinadas basicamente aos adolescentes. E a época de lançamento do elepe, da Cor do Som (Elektra/WEA) não poderia ser mais apropriada: o verão, um longo e quente verão - e que A Cor tão bem representada. As quatro fases do amor, descritas por Um e Bernardo Vilhena, são as da Lua, mas podem ser também as quatro estações do ano. Formando pelo baixista Dadi, seu irmão, Um (piano, cantor), percussionista Ary, baterista Gustavo e, desde a saída de Armandinho, o guitarrista Vitinho. O repertório da Cor do Som neste disco é dos mais sugestivos para o público ao qual se destina: "Dentro da Minha Cabeça", "Eu Sempre Quis Andar de Jeep" (parceria de Um com Evandro, do Blitz); "Um Som pra Você" (que revela a voz de uma nova cantora: a Cecilia Sover); "A Abóboda da Vida" (de Gilberto Gil). A Cor do Som traz também o carnaval com "Das Maravilhas do Mar, Fez-se o Esplendor de Uma Noite", samba-enredo de David Correa/ Jorge Macedo para a Portela (1981), e "Rio de Janeiro", um show de ritmo assinado por um dos mais ilustres sobrenomes da PMDB: Nilton e Armando Marçal, filho e pai, este último autor do clássico "Agora é Cinza".
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