De gente & fatos
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 05 de abril de 1986
O vereador Jorge Bernardi continua acreditando nas histórias em quadrinhos como a melhor forma de se comunicar com seus eleitores. Enquanto o sofisticado Rafael Grecca de Macedo, edil e globetrotter prefere malas diretas com belas ilustrações de Poty, Bernardi opta por quadrinhos simples, criados pelo desenhista D'Oliveira nos quais coloca suas mensagens políticas. O volume 5 do "Gibi da Democracia" de Bernardi o traz explicando aos seus eleitores o que significa a "Nova República", numa linguagem otimista (e paternalista) na qual sua imagem - hoje sem as barbas revolucionárias do tempo de campanha - o fazem identificar como uma espécie de herói comunitário dos anos 60.
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Midori Shoji, estudante nissei do curso de Geografia da Universidade Federal do Paraná, é tão apaixonada por cinema que fez uma original escolha para seu trabalho acadêmico de final de curso: um levantamento espacial-fotográfico dos cinemas do centro de Curitiba. Midori, com orientação da professora Teresa Desesperati e alguns palpites de Lineu Borges, está querendo mapear todos os cinemas do centro de Curitiba, desde os tempos do Coliseu Paranaense, no início do século, na antiga Rua Aquidaban, até os mais modernos. E, como todos que se voltam à pesquisa de nossa cidade, Midori Shoji está sentindo como faltam fontes de referência.
Maurício Távora, 49 anos, ator, diretor e dramaturgo, volta ao palco com uma nova comédia: "O Baiacu Sensual" (auditório Salvador de Ferrante, de 15 a 22 de abril). Comédia de fundo social, na qual é também o diretor e ator principal, Maurício lança uma nova e bela atriz - a sensual Adriana Salvador. Com 30 anos de teatro - considerando suas primeiras experiências, no Colégio Dom Pedro II, no Rio de Janeiro, sob direção de Paulo Francis (nos tempos em que o hoje famoso correspondente americano da "Folha", fazia teatro) - Maurício foi um dos mais atuantes profissionais de nosso teatro, tanto no antigo Teatro de Bolso, como, posteriormente, no TCP. Sua produção como autor vai desde ingênuas revistas ("Não Me Lote, Brasilino", "Fofoca no Paralá", "O Quiproquó da Galinha", em parcerias com Ary Fontoura) até "Amado, Tarado", "De Cabo a Rabo", "Bé...", "Eu me cido... Você suicida" e "De cabo a rabo".
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Falando nos tempos do Teatro de Bolso e da Sociedade Paranaense de Teatro, o maior sucesso daquela época - a comédia "Nega de Maloca", de Cícero Camargo de Oliveira - que com Ary Fontoura e Odelair Rodrigues permaneceu um ano em cartaz (1958), volta a ser montada. Agora por um grupo amador de São José dos Pinhais, direção de Celso Klemmer, que mostra esta deliciosa comédia no miniauditório Glauco Flores de Sá Brito (até domingo, 21 horas).
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