Recordando seus tempos de vacas magras entre os 14/17 anos, quando acompanhou o circo do Nhô Bastião no Interior catarinense, o itajaiense Érico da Silva vai se voltar agora para nostálgica fonte de inspiração: figuras de circo de palhaços e domadores de desdentados leões, que a exemplo de seus abstratos pinheiros deverão contribuir para robustecer a sua já saudável conta no Banco Nacional. Mas como guardou dos tempos de circo também um senso de equilibrista, Érico acaba de vender para o polonês Kasemiro, proprietário de uma granja em Piraquara, seus 500 coelhos reprodutores, pois a experiência iniciada há 2 anos, como cunicultor, na fazenda que possui às margens da BR-116, não lhe deu os resultados financeiros esperados. As tintas lhe são bem mais lucrativas do que os brancos pelos dos simpáticos coelhos - que apesar da geométrica reprodução apresentam um custo operacional que o assustou e fez desistir desta nova experiência. Que ficará apenas em 4 óleos sobre grandes coelhos feitos há poucas semanas, mas que não mostra (muito menos vende) a ninguém. LEGENDA FOTO - Érico

Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:

Veiculo: Estado do Paraná

Caderno ou Suplemento: Nenhum

Coluna ou Seção: Tablóide

Página: 4

Data: 08/06/1974