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Aramis

Ficha:

LP: "THE GAME" (EMI - 1980) - QUEEN Produção: Queen Gravado em Junho de 1979 e Maio de 1980 em Munique. LADO A: "Play the Game" (Mercury), "Dragon attack" (May). "Another one bites the dust" (Deacon), "Need your loving tonight" (Deacon) e "Crazy little thing called love" (Mercury). LADO B: "Rock it" (Taylor), "Don't try suicide" (Mercury), "Sail away sweet sister" (May), "Coming soon" (Taylor) e "Save me" (May). A audiência de discos como "The Game", com o grupo Queen, reunindo sessões musicais feitas no Musicland Studios, em Munique, República Federal da Alemanha, entre fevereiro/maio de 1980 a outras, em Londres, nos meses de junho/julho, colocam em questão a validade da tese: e o rock, até onde resiste? Ainda na semana passada, assistindo ao Weather Reporter, no Maracanãzinho, no Rio Monterrey Jazz Festival, ouvia do jornalista Armando Aflalo, um dos mais corretos críticos de jazz, a frase de que "o Wather Reporter começou há alguns anos como um conjunto que fazia 70% de jazz e 30% de música pop. Hoje acontece o Inverso. Lamentavelmente...". De jazz, o Weather tem apenas os solos do saxofonista Wayne Shorter... quando ele consegue tocar. O Queen nunca pretendeu passar da chamada música "hard", destinada a uma faixa específica de público e cujo poder aquisitivo lhe garante a sobrevivência, ao lado de tantos outros conjuntos pop que se multiplicaram, como coelhos, mundo afora, nos últimos 25 anos. Os grupos de rock, sejam ligados a que raízes forem, têm um "marketing" baseado muito no visual (o próprio Weather Reporter apela, no final de suas apresentações, para uma encenação de fumaça branca, após a explosão sonora de milhões de decibéis, com uma parafernália de várias toneladas), de forma que ao vivo é muito diferente do que apenas em disco. Tudo isto transforma os shows dos "super-grupos" do universo rock num êxito à parte. Já na frieza do elepê, a porca torce o rabo e poucos sobrevivem. O Queen não chega à mediocridade comum muito pelo contrário, mas também não se iguala, ainda, ao trabalho mais sólido de um Yes (especialmente quando contava com o múltiplo Rick Wakeman), Focus ou o Emerson, Lake and Palmer. Afinal, estes poderiam até dispensar o chantili e ficar no morango. Sem se tornarem indigestos...
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Ligadão
15
22/08/1980

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