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Duas razões motivaram a vinda ao Paraná, nesta semana, de dona NATALIA COSTA, uma senhora simpática e ainda jovial: conhecer as ruas Jaime Costa em Curitiba (na Vila Parolim) e na Praia de Leste e rever o ator Edson D'Avila, que em 1948, teve sua estréia numa peça montada pelo inesquecível ator Jaime Costa. Dizendo que "antes de tudo foi sempre o pára-raios de Jaime", dona Natalia recorda, sem drama, a sua longa vida ao lado de um dos maiores atores do teatro brasileiro, que conheceu em 1938 e do qual só separou-se há 5 anos, quando um enfarte provocou a sua morte, na madrugada de 30 de janeiro de 1967. Na ocasião, Jaime fazia um dos principais papeis na comédia "Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come" de Oduvaldo Viana Filho. Quantas peças Jaime fez em sua vida? "Impossível". Basta dizer que em mais de 50 anos de teatro ele fazia em média de 3 a 4 espetáculos pôr ato, às vezes até mais" responde dona Natalia, que está reunindo material sobre a vida de Jaime Costa (1897-1967), para um importante livro de memórias. No cinema, ele também fez mais de 50 filmes, desde o clássico "Alô, Alô Carnaval" de Ademar Gonzaga (1936, que em breve será exibido no Teatro do Paiol) até "Osso, Amor e Papagaios", incluindo muitas chanchadas dos anos 50. "Tendo lançado no Brasil muitos autores modernos - Pirandello O Neill e Arthur Miller entre outros - Jaime Costa sempre preocupou-se em dar chances aos novos intérpretes", recorda seu amigo e discípulo Edson D'Avila Dona Natalia, sua viúva diz, num misto de nostalgia e saudade: - Jaime não foi apenas meu marido e um grande ator: foi a razão de minha existência".
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
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02/02/1973

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