Livro
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 02 de fevereiro de 1973
Mais do que um relato fascinante, "Reencarnação" (Artenova, 1972) de Edward Russell é um documento impressionante sobre um dos mais antigos postulados de muitas religiões e escolas filosóficas: a reencarnação, ou seja, a pluralidade de vidas do espírito imortal, periódica e sucessivamente encarnado em corpos materiais. Muito embora o assunto não seja novo e haja em torno do mesmo uma literatura relativamente farta, há algo nesta obra que a torna absolutamente singular, porquanto o autor faz questão de provar a reencarnação exclusivamente por constatações cientificas e baseados em deduções lógicas de um raciocínio sereno e irrefutável. Daí ter-se esquivado de qualquer argumento místico ou religioso. Não que o autor seja ateu ou incrédulo. O método que seguiu é uma tentativa - inteligente, válida e convincente - de provar a reencarnação, a imortalidade do espírito e, implicitamente, a existência de um Poder Superior Onipotente e Eterno diante daqueles que só crêem nas realidades concretas e palpáveis. A maneira como conseguir seu objetivo chegar a ser genial, não apenas pela força de seus argumentos, mas também pela planificação do trabalho, desenvolvendo o tema de forma solida e nunca abordando uma premissa sem que a mesma esteja alicerçada em elucidações prévias. Para fazer este livro, Russel, em vários anos de pacientes investigações, viajou, entrevistou cientistas de várias nacionalidades, redescobriu notáveis experiências metafísicas realizadas por cientistas russos, há varias décadas, e cujos resultados foram tão surpreendentes que o governo soviético resolveu proibir sua divulgação.
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