Homenagem (II)
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 21 de outubro de 1978
Armando Maranhão, 50 anos, um dos fundadores do Teatro do Estudante do Paraná, mereceu justa homenagem na semana passada pelas comemorações do 30º aniversário de seu grupo, que tem sobrevivido todos estes anos, com montagens amadoras que tem levado a dezenas de festivais nacionais e participado de vários eventos, especialmente os idealizados pelo seu "padrinho artístico" e maior amigo, Paschoal Carlos Magno que, no último fim de semana aqui esteve, para abraçá-lo e ser homenageado com a designação de seu nome para o teatro da galeria Júlio Moreira. Uma homenagem justa, já que ninguém mais do que Paschoal, embaixador, escritor, criador do Teatro Duse (que tantos valores revelou) e da Aldeia de Arcozelo, fez pelo teatro estudantil no Brasil. O registro sai com atraso, mas vai de coração: tanto Maranhão como Paschoal merecem as homenagens prestadas, pois são exemplos de pessoas idealistas, que sem nunca terem visado objetivos financeiros, acreditam no teatro como uma forma de comunicação entre os homens. E que, por isso mesmo, têm sofrido injustiças e esquecimentos, nem sempre sendo compreendidos em seus propósitos.
Enviar novo comentário