Observatório
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 25 de maio de 1980
PUBLICAÇÕES oficiais existem muitas, mas nem sempre são das mais úteis. Por isso palmas ao secretário Reinhold Stephanes, da Agricultura, que determinou ou Departamento de Fiscalização - Defesa Sanitária Vegetal, a edição de um trabalho de 110 páginas intitulado << Defensivos Agrícolas - Contribuição ao
A morte de Paschoal Carlos Magno deixou entristecido centenas de curitibanos que, ao longo de mais de 40 anos, tiveram por parte do grande estimulador da arte e cultura, um constante apoio. O maior amigo do fundador do Teatro Duse, em Curitiba, era Armando Maranhão, dirigente há 30 anos do Teatro do Estudante do Paraná e que na década de 50 esteve na Itália, fazendo cursos, graças a bolsa de estudos que Paschoal lhe conseguiu. Armando e as diversas equipes que dirigiu nas 3 décadas que faz teatro no Paraná participou de todas as promoções organizadas por Paschoal - congressos, festivais, caravanas culturais etc. E, há pouco mais de um ano, após muita insistência, conseguiu que a Prefeitura de Curitiba prestasse uma homenagem ao diplomata, inaugurando uma placa com seu nome na galeria Julio Moreira, onde se localiza o Teatro Universitário. Aliás, no TUC apresenta-se ainda hoje, ás 21 horas, o grupo Capim Azul, que se dedica à música << country >> e que tem entre seus integrantes, um dos poucos executantes de banjo entre nós: o jovem mineiro Sandro. Nos dias 5 e 6, em iniciativa de Glacy Gotarello e alguns entuastas apreciadores de jazz, o violonista Hélio Delmiro ali estará lançando o seu primeiro lp-solo, que a Odeon editou mas que ainda não divulgou em Curitiba.
Uso adequado e Prevenção nas Intoxicações >> - que terá ampla distribuição no Estado. Trata-se, na verdade, de uma segunda edição, de 5 mil exemplares, já que a publicação foi organizada por técnicos mineiros: Antônio Carlos Souza, Waldemar Ferreira de Almeida, Roberto Bassi Lindenberg e Augusto M. Camargo, destinada especialmente a hospitais, farmácias, médicos, enfermeiros, agronômos, enfim setores que possam auxiliar os intoxicados, o manual que Stephanes em boa hora lembrou-se de editar, vai auxiliar as vítimas do envenenamento, causado por uso inadequado de defensivos agrícolas. Além dos textos informativos e esclarecedores, o volume é completado com endereços dos centros de controle de intoxicações, dos laboratórios de análises e resíduos, firmas que distribuem antídotos etc.
DEPENDE apenas do governador Ney Braga encontrar uma data em sua agenda para que ocorra na nova sede de Academia Brasileira de Letras o primeiro lançamento de um livro: << O Paraná no Centenário >>, de Rocha Pombo (1857-1933), Reeditado pela Secretaria da Cultura e do Esporte, através de sua assessoria editorial, dirigida pela professora Cassiana Licia Lacerda, este volume dá continuidade ao projeto de colocar ao alcance de uma nova geração obras há muito esgotadas. Primeiro livro de Rocha Pombo - historiador paranaense, único paranaense eleito para a Academia Brasileira de Letras, uma que faleceu antes de tomar posse - << O Paraná no Centenário >> saiu em 1900. Mas a SECE não vai proporcionar apenas reedições: a comissão editorial está analisando vários originais, inclusive livro de contos de Roberto Gomes. Até agora não apareceu nenhum poeta pedindo auxílio para publicar seus livros, mas, em compensação, há uma inflação de autores de romances-históricos. E já ficou decidido que este gênero - que não é nem romance, nem história - não terá subvenção oficial.
FOTO LEGENDA 1 - Cassiana
FOTO LEGENDA 1- Maranhão
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