Ligadão
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 16 de maio de 1980
Em 1972 foram poucos os que prestaram atenção num elepê lançado pela Copacabana onde dois jovens pernambucanos mostravam suas músicas: Alceu Valença e Geraldo Azevedo. Apesar do juvenil entusiasmo e idealismo, ambos acabaram voltando para Recife, à espera de dias melhores. Alceu, que havia trabalhado em jornalismo e, a partir de 1968, começou a compor, teria, entretanto, chance de mostrar também nas telas o seu talento: seu amigo Sérgio Ricardo o escolheu para um dos principais papéis do excelente (e até hoje incompreendido) << A Noite do Espantalho>., de cuja trilha sonora (edição Continental) participou. Com o filme, Alceu animou-o a reiniciar a carreira, fazendo o show << O Ovo e a Galinha >>, excursionando com << O Circo da Raposa Malhada >> e, depois com o grupo Catende. Em 1974, na Sigla, fez o Lp << Molhado de Suor >> e, em janeiro de 75, na << Abertura >>, projetava-se com << Vou danando pra Catende >>. E, nestes últimos 5 anos, paralelamente a Geraldo Azevedo também começar a encontrar seu espaço, via CBS, Alceu começou a conquistar o público: fez sucesso no Exterior, passou a alcançar uma faixa jovem, de tal forma que a Ariola o escolheu para ser o 2.
artista nacional a ter lançamento em seu suplemento. Com << Coração Bobo >>, Alceu pode chegar às faixas mais amplas, mostrando baiões, maracatus, canções, toadas, coco, xote, aboio e até novenas, bem brasileiros, de sua autoria - além de homenagear o mestre Gonzagão, com uma deliciosa regravação de << Cintura Fina >>. parceria com Zé Dantas, que lançado há 30 anos passados, foi um grande sucesso.
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