Malasartes
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 25 de outubro de 1975
O jornalista Mario Aratanha, ex-"Jornal do Brasil", após estágio na Alemanha Ocidental, lança-se agora a uma estimulante aventura editorial: a publicação de uma revista de artes plásticas, "Malasartes", cujo primeiro numero ("Setembro / Outubro / Novembro, Cr$ 15,00) já está circulando, embora, naturalmente, em Curitiba ainda não tenha chegado (a exemplo de outra boa publicação do setor, "Vida das Artes"), "Malasartes" sai graças ao apoio de um grupo de artistas plásticos, entre os quais Carlos Zilio, Carlos Vergara e Rubens Gerchman e pretende ser "uma revista sobre a política das artes". No editorial de apresentação, Aratanha lembra: "Entre a aparente opção de editar uma publicação que trate a arte como objetivo de consumo e outra que seguisse a moda das revistas enigmáticas, "Malasartes" preferiu, pretensiosamente, tomar a si a função de analisar a realidade contemporânea da are brasileira e de apontar alternativas". Sairão apenas 4 números anuais, circulação de 5 mil exemplares e neste seu número de estréia, entre outros textos importantes, republica a "Teoria do Não Objeto", lançado por Ferreira Gullar há 16 anos passados, no "Jornal do Brasil".
Enviar novo comentário