A guerra nas artes plásticas
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 02 de abril de 1991
Zum-Zum nas artes plásticas neste longo final de semana: Edson Busch Machado, o irmão mais moço de Juarez e ex-diretor do Centro Integrado de Cultura em Florianópolis (depois de ter dirigido o Museu de Arte de Joinville, sua terrinha natal), teria recusado a direção do Museu de Arte Contemporânea, para a qual foi indicado por João Osório Brzezinski - primeiro convidado a substituir Maria Cecília Noronha. Sensato, Edson temeria uma reação da unida classe artística local,, que embora estime seu irmão - hoje parisiense - não gostaria de ver mais um "catarina" em cargo do maior brilho no campo cultural.
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O nome que surgiria como uma opção para o MAC seria o da Sra. Neusa Paciornik, funcionária da Fundação Cultural de Curitiba, redatora de assuntos ligados a artes visuais num suplemento feminino e que teria bom trânsito junto a alguns setores artísticos. A pergunta que se faz é: por que substituir Maria Cecília Noronha, reconhecidamente competente, e, especialmente, com apoio irrestrito dos artistas - que, aliás, a desejavam mesmo na Secretaria da Cultura?
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Com um valorizado curriculum, Maria Cecília tem mais um handcap: é extremamente habilidosa e competente administrativamente. Foi graças aos seus esforços que o MAC conseguiu ser restaurado com financiamento do Banestado. Além de tudo, é esposa de um contemporâneo do governador Roberto Requião em seus tempos de estudante: o promotor Antônio Lopes de Noronha, que foi um excelente secretário de Segurança Pública do governo Álvaro Dias. Quando estudante, Noronha presidiu o CAHS - Centro Acadêmico Hugo Simas.
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