Música
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 08 de janeiro de 1974
Assim como a CBS garante seu faturamento básico com um único lp - o de Roberto Carlos, que lançado em dezembro de cada ano permanece os próximos onze meses como o mais vendido (ao menos entre as edições daquela fábrica) - outras gravadoras também procuram garantir boas vendas, com lps comerciais, capazes de atingirem o grande público. E uma das formas mais surradas é sintetizar num lp as músicas que com diferentes intérpretes, aconteceram no último trimestre. Por isto são infindáveis as séries tipo "Sucessos de Ouro" (Polyfar-Phonogram), que em seu volume 5, reúne o elenco classe b da Philips, mas que ajuda a fabricação dos holandeses a faturar bastante e a compensar edições de gabarito, nem sempre bem sucedidas comercialmente. Neste 5º volume da série temos Tim Maia em "Réu Confesso" Erasmo Carlos (foto) em "O Comilão", Odair José em "Eu, você e a praça", Ronnie Von em "Banda da Ilusão", Franc Landi em "Vim te Buscar", a Moçada do Samba em "Deus Dará", Alan and his orchestra (sic) em "Il Guarany", Carlos José em "Oração de Mãe Menininha", Sérgio Mendes and Brasil em "Killing me soflty with his song", Trio Ternura em "Oxalá", Marcus Pitter em "A Lua e a Rosa", Adílson Ramos em "Amada Minha", Maurício Reis em "Verônica" e Adriana em "Dia D". Como se vê um repertório quase inclassificável em termos artísticos - mas que dentro de uma programação de "marketing" não pode deixar de ser oferecida a um público específico. Aliás, a capa desta produção - que por descrição é assinada simplesmente como "equipe" - é digna.
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