Música
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 20 de janeiro de 1974
O sucesso do filme "A Grande Valsa" (The Great Waltz), EUA, 1971, de Andrew Marton, recentemente exibido no Cine Excelsior, justifica-se: as músicas que a família Strauss criou, o ambiente em que viveram - a Viena do século XIX - numa Europa então muito diferente da de hoje, e facilidade de comunicação da chamada música ligeira, integram-se na imagem romântica da música clássica mais fácil. E como havia ocorrido há 30 anos, na primeira versão de "A Grande Valsa", repetiu-se o sucesso nesta refilmagem da história da família Strauss, músicos vienenses célebres como compositores de música ligeira, especialmente valsas. Johann II (Viena, 1804-1849), regente de orquestra dos bailes da corte, escreveu numerosas valsas, além de marchas e pot-pourris. Mas foi seu filho, John Strauss II (Viena, 1825-1899), que compôs as valsas até hoje muito apreciadas: "No belo Danúbio Azul" (que, há 5 anos, o cineasta Stanley Kramer, utilizaria com perfeição como música de fundo as mais belas seqüências de "2001 - Uma Odisséia no Espaço"); "Vida do Artista", "Contos do Bosque de Viena", "Rosas do Sul", ao lado de espirituosas operetas ("O Marcêgo", 1874; "O Barão Cigano", 1885). Seus irmãos, Joseph (Viena, 1827-1870) e Eduard (1836-1916) também deixaram algumas obras, embora menos expressivas. Uma seleção das melhores peças de Strauss, Jr., está no agradável lp "Valsa do Imperador-Valsas e Polcas" (Deutsch Grammophon, Phonogram), 2530316), onde a orquestra Filarmônica de Viena, sob a regência de Karl Bohn, dá um excelente tratamento as valsas "Danúbio Azul", "Kaiser-Walzer", "Rosen aus dem Suden" e as polcas "Tritsch-Tratsch", "Unter Donner und Blitz", "Pizzicato-Polka", "Annen-Plka" e "Perpetujm Mobile". Um belo disco.
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