Música
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 10 de janeiro de 1973
É sempre agradável registrar o aparecimento de novos integrantes, gente moça que sabe usar com inteligência, talento e sensibilidade o talento que Deus lhe deu. E quando além de bom cantor, o "new face" é também, compositor, duplica-se a nossa alegria - principalmente quem tem que dia a dia, ouvir novos lançamentos e, como um lenhador, abrir caminho entre muito som estranho - nem sempre dos mais agradáveis. Depois de Hurricanc smith, que confirmou em 1972 ser uma grande revelação não só como cantor, mas também compositor, e principalmente instrumentistas, outra revelação auspiciosa foi Al Green, crioulo ainda jovem, que num esmerado lp ("Im Still in love with you", The Memphis Sound/London/Odeon, LLN7249-S), explode com um punhado de músicas bonitas ao lado de canções de outros compositores - revelando assim ter também muito bom gosto na escolha do repertório. Gravado em Menphis, Tennessee - nos últimos anos transformada numa cidade de grande importância fonografica nos EUA - este álbum de Green, teve também a cargo de Green a sua produção e foi realizado com notáveis cuidados artísticos. Assim, apoiando sua expressiva voz, temos uma seção de metais afinadíssima - Wayne Jackson (pistão), Andrew Love e ed Logan (tenor), James Mitchel (sax baritono) e Jack Hale (trombone), mais três irmãos no órgão/piano (Charles Hodges), contrabaixo (Leroy Hodges) e guitarra (Tennier Hodges) Seis musicas do álbum são de autoria de Green - "I`m still In Love With You", "I`m Glac You`re mine", "Love and happiness", "What a Wonderfui thing love is", "Simply Beautiful", "One of these good old gays" e "Look what houdone for me". Para completar, foi buscar uma das mais belas composições de Kris Kristofferson ("For The Good Times") e da dupla R. Orbison/B. Dees, gravou "Oh! Pretty Woman". Um bom disco, uma boa estréia. Seja bem-vindo Al Green.
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