Livro
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 10 de janeiro de 1973
A série de ensaios lançados pela Vozes sob a rubrica CONTRACULATURA, tem mais um título revelante: O Corpo e o Amor, de Norman O . Brown, A tese fundamental desta obra freudiana se encontra já no volume Vida Contra Morte, lançada pela mesma casa, consistindo no seguinte: o maior inimigo do homem, da humanidade, traiçoeiro e assassino de sua liberdade e de sua alegria, é a repressão sexual. Se fossem aniquilados todos os enfeites pompas da civilização, também desapareceriam todas as repressões e o homem poderia atingir a idade de ouro da sexualidade desinibida e inocente, sem pactuar com a sexualidade genital, que escraviza o homem. Em Vida Contra Morte o autor questiona concepções e tenta novas frentes e perspectivas. A tese é a mesma, e tem-se a impressão de que a humanidade, com toda a sua incansável luta e progresso, não sabe o que realmente quer. Freud tinha razão: nossos verdadeiros desejos são inconscientes. A humanidade busca destruir-se, no instinto de Tánatos (a morte). As modernas armas de destruição colocam o dilema: ou chegamos a um acordo com nossos instintos e impulsos inconscientes - com a vida e com a morte - ou morremos. Da mesma série são os volumes de Theodore Roszak - A Contracultura, de Dresser Pereira -Tecnoburocracia e Contestação.
FOTO LEGENDA- A Contracultura
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