Música
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 16 de março de 1974
Segundo ensina o mestre Otto Maria Carpeaux ("Uma Nova História da Música", Edições de Ouro, 1968) "Boccherini parece ter inventado o gênero do Quinto, acrescentando ao Quarteto um segundo violoncelo. Hoje se executem vários desses Quintetos seus, os em ré menor, em lá menor, em mi menor, e em so maior, opus 60, n.o 5, (1801), que é digno de Haydn, pela melancólica do movimento lento e pelo folclorismo alegre do final". Como uma profundeza emocionante", na definição de Carpeaux Boccherini (1743-1800) foi um mestre do Rococó com certos "traços do futuro romântico". E num importante lançamento da Phonogram (Deutsch Grammophon, 2530069, fevereiro-74), o público brasileiro tem oportunidade de conhecer melhor três quinteto para Violão, 2 violinos, Viola e violoncelo do compositor italiano nascido em Lucca mas que sempre revelou surpreendentes interesse pelo folclore musical espanhol. Aliás é um extraordinário violonista espanhou Narciso Yepes, o solista na execução dos Quintetos (4-9-7) escolhidos para este lp, com a participação do Quarteto Melos de Stuttgart-Lucero Tena formado por Wilheln Melcher, Gerhard Voss (foto), Herman Voss Peter Buck além da participação de Lucero Tennas, nas Castanholas (Quinteto n.o 4, lado A). Bocherini ficou célebre por suas obras e viagens de concerto pela Itália e sul da França, na companhia de Filipro Manfredi, violonista de nomeada. Escreveu concertos, sonata para violoncelos e, sobretudo, 120 quintetos de cordas além de 100 quarteto de cordas 60 trios, 20 sinfonistas, 21 sonatas para violino, um comovente e importante "Stabat mater", uma opera, "La Clementina", uma cantata do Natal etc.
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