No campo de batalha
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 24 de setembro de 1986
A videomania tem crescido tanto que agora já existe o Vídeo Clube Médico Científico, um bom house-organ e buscando associados em todo o Brasil. Seu acervo oferece centenas de vídeos científicos nos vários campos da medicina. Eis o endereço para eventuais interessados: Rua Stella, 29, conjunto 24, CEP 04011, fones 570-9420 e 549-8599, São Paulo.
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Enquanto isto, a pirataria do vídeo comercial continua em escalada em Curitiba. Há dezenas de vídeos-clubes funcionando ilegalmente, com acervos totalmente pirateados - inclusive dos próprios filmes já existentes no mercado. Luis Renato Ribas, pioneiro do setor e presidente da Apravídeo, tenta moralizar e dedetizar o mercado, mas está encontrando resistências. Se a Polícia Federal usar o mínimo de rigor, fecha 70% dos vídeos-clubes que vem proliferando, da forma mais irresponsável possível, em todos os cantos.
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Exemplo de editora que vem crescendo, a Tchê!, de Porto Alegre, vai passar a S/A e pretende, até o final do ano, lançar 60 títulos.
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Ayrton Ortiz, fundador e diretor da casa, diz que em 85 foram lançados 46 títulos, que reverteram em uma venda de 499 mil exemplares ao preço médico de Cz$ 72,00 e um faturamento de Cz$ 28.728,00 milhões que saltarão este ano para quase Cz$ 40 milhões.
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Passará a lançar também autores estrangeiros, deixando a linha apenas regionalista (na qual há outra publicadora em Porto Alegre, a Martins).
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A indústria editorial não poderia estar em melhor fase: a previsão de faturamento para este ano do setor é de um bilhão de dólares, mais do que os US$ 800 milhões da indústria do fumo, onde atuam as grandes multinacionais do cigarro.
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Os 50 anos da Rádio MEC estão merecendo uma série de eventos. A primeira das emissoras educativas-culturais do País já mudou sua programação AM e anuncia uma reformulação em sua emissora FM, passando a operar com novos equipamentos e tecnologia de disco laser.
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Em Curitiba, nenhuma das emissoras FM ainda teve a inteligência de utilizar a perfeição do som laser. a desculpa de que não existe discos suficientes para manter uma boa programação não se justifica mais, pois há pelo menos 500 compact-disc que podem suprir boas programações tanto no popular como no clássico. Já se imaginou o que uma emissora como a Estadual poderia apresentar em audições transmitidas em laser, na área do jazz e clássico, se tivesse um canal em FM, uma aparelhagem de laser e, sobretudo, fosse um prefixo voltado a programação cultural?
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