No campo de batalha
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 08 de novembro de 1984
Domingos Pellegrini Jr., hoje, o mais respeitado e criativo escritor paranaense, colhendo merecido sucesso: poucas semanas após o seu lançamento, "Paixões", seu novo livro de contos, chega à segunda edição (editora Ática, 144 páginas, Cr$ 3.800,00) numa prova irrefutável de sua importância na ficção brasileira atual.
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A crítica nacional recebeu com entusiasmo o livro de Pellegrini. A jornalista Miriam Paglia Costa, na "Veja", sintetizou muito bem: "Convicente e sedutor, Pellegrini conquista o público pela emoção contida em "Paixões", seu livro mais maduro e bem acabado".
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As histórias presentes em "Paixões" trazem como tema central o amor - esse sentimento contraditório, sem eira nem beira - em suas múltiplas e enigmáticas faces. Para desvendá-lo, Pellegrini utiliza-se de uma escrita apaixonante, temperada com ironia e questionamento, criando personagens que refletem a busca contínua e incansável pelo território da sensualidade e do desejo.
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Apesar de todo apoio que Domício Pedroso, o atuante diretor regional do escritório da Funarte, tem dado aos fotógrafos, nenhum profissional do Paraná foi classificado para o concurso Marc Ferrez que distribuirá bolsas de apoio à produção e pesquisa na área da fotografia. Dos 265 projetos, vindos de todo o Brasil, oito foram selecionados pelo Instituto Nacional de Fotografia, para receber a bolsa de Cr$ 3 milhões cada um.
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Se nenhum candidato inscrito pelo Paraná obteve classificação, um ex-fotógrafo do extinto "Diário do Paraná", Américo Vermelho, hoje no Rio de Janeiro, foi selecionado com sua proposta para estudar os signos e sinais norte-americanos no Brasil.
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Os homônimos causam problemas: agora é o caso dos "astros" e "estrelas" dos pornofitas que inundam as telas. A advogada e poetisa Vera Vargas tem uma homônima que constantemente estrela pornoproduções da Boca do Lixo. Há dois professores da Universidade Federal do Paraná que se chamam Jaime Cardoso. E surge agora o "garanhão" Jaime Cardoso, principal nome no elenco de "Oh! Rebuceteio", filme com seqüências do sexo explícito, que após duas semanas no São João passa a ser exibido no Cine Glória.
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Falando em cinema pornográfico: Nilo Machado, o mais conhecido "comerciante" do subcinema nacional, também apela para o gênero porn^dirigindo (sic) "Não Fale em Sexo", no Glória II.
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Para compensar tanto sexo explícito, bons filmes continuam em cartaz: "O Homem Que Sabia Demais" de Hitchcock, em segunda semana no Condor; "Memórias do Cárcere", de Nelson Pereira dos Santos - com o fechamento (temporário) do Astor, passa a partir de hoje para o Cinema I. No Palace-Itália, o premiado "Furyo - Em Nome da Honra" (Happy Christmas, Mr, Lawrence), de Nashima Oshima. No Vitória, "Greystock - A Lenda de Tarzan", de Hugh Hudson. E no Bristol, o sedutor (para as platéias adolescentes) "Bete Balanço".
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As Nymphas, grupo vocal dos mais afinados, estréia amanhã no Paiol o espetáculo "Tons & Batons", comemorativo ao lançamento do segundo elepê. Direção de Cesar Fonseca.
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No ano passado, espetáculo com o mesmo título, apresentado no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, quase esfacelou o grupo: fracasso de público, prejuízos e desânimo das meninas. Felizmente houve uma reação salutar e a prova dos nove começa amanhã, no Paiol.
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Quem já ouviu o disco das Nymphas diz que está maravilhoso. Mais de 50 músicas participaram das diferentes sessões de gravações. Entre os músicos convidados, a flautista Hylea Ferrz, de Londrina, onde dirige projeto musical para a Associação Comercial daquela cidade.
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O Goethe Institut não dá folga em termos de programação: de 2 a 16 de novembro, patrocina um seminário sob o tema "Filme & Psicologia" com a participação do crítico e historiador Hans Joachim Schlegel. Na programação, algumas obras da história do cinema, de diretores com Pabst, Eisenstein, Stellan Rye, Luís Bunuel, Ingmar Bergman e do contemporâneo Werner Herzog.
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No Teatro da Classe, desde ontem em cartaz, uma peça de Eugene Ionesco: "A Cantora Careca". No elenco, duas atrizes veteranas dos bons tempos da Sociedade Paranaense de Teatro - Odelair Rodrigues e Jane Martins, mais José Basso, sua esposa Gilda Elisa e Enéas Lour. A iluminação é de Beto Bruel e a sonoplastia de Gerson Schimanski. Curiosamente, não é creditado o nome do diretor.
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No programa, entretanto, há um elucidativo texto sobre a concepção do espetáculo, de autoria do engenheiro Marcelo Marchioro.
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A coreógrafa e bailarina Joseney Braska Negrão está radicada em Cambridge, Massachussets: foi acompanhando seu marido, o economista Sérgio Sampaio Monteiro, que faz curso de pós-graduação em administração internacional naquela famosa universidade. Jô pretende se integrar a uma companhia de danças local, enquanto sua academia de ballet, em Curitiba ficou aos cuidados de sua supermãe, a milionária Neiva Braska Negrão.
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Quem embarca hoje para viagem super-rápida a Flórida é o professor Phil Young. Vai acertar detalhes do próximo curso de férias de inglês, entre janeiro/fevereiro de 1985, quando levará mais de 40 alunos para um intensivo treinamento numa universidade de Daytona.
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Meio despercebidamente, sem maiores detalhes, Zezé Ferrari lançou seu disco em coquetel num botequim na semana passada.
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Para atualização das agendas de autoridades: Walter Norbert Jiraschek é o novo consul honorário da Áustria em Curitiba. Erwin Rainer-Harbach, após ocupar o posto por mais de 20 anos, aposenta-se das funções honoríficas de aqui representar o seu país.
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