No campo de batalha
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 25 de fevereiro de 1988
Ao menos dois integrantes do escalão principal da Secretaria da Cultura foram ver de perto o Carnaval carioca. O advogado Reinaldo César Almeida, 23 anos, chefe de gabinete, saiu numa das alas do G.R.E.S. Estação Primeira da Mangueira. Já Lúcia Camargo, confortavelmente em mesa de pista, com amigos, torcia pela vitória da Estácio de Sá, dirigida por Rosa Maria Magalhães - uma das suas melhores amigas e que constantemente vem ao Paraná para executar trabalhos de cenografia e guarda-roupa para o Teatro Guaíra.
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Quando o Rei Momo (Reinaldo de Carvalho) passou defronte a Lúcia, uma consagração: Bola deixou a magnitude do trono e fez questão de beijar a mão de sua amiga de muitos anos. Houve aplausos e fotos imortalizando a reverência do soberano do Carnaval carioca à diretora de arte e programação da Fundação Teatro Guaíra.
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Rosa Magalhães - filha do "imortal" Magalhães Júnior, estava tensa durante o desfile. Quem assistiu sua entrevista na televisão pôde perceber o seu grau de nervosismo.
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Ivo Lessa agora com mais tempo para cantar: deixou a chefia de gabinete do secretário Francisco Borja de Magalhães Filho, mas não a Secretaria do Planejamento e Coordenação Geral. Ganhou um cargo de assessor, símbolo DAS-5. Ou seja, a mesma vantagem que tinha na função anterior.
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Cantor lírico, Lessa é o mais atuante dos profissionais da área lírica do Paraná. Para 1988, tem projetos de fazer várias apresentações com a Sinfônica.
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Para a chefia de gabinete, o secretário Borja Magalhães levou Levy Contin Ribeiro.
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Mudanças na assessoria do secretário Luiz Carlos Jorge Hauly: exonerou o assessor Ari José Mikos e fez uma ciranda com 10 outros auxiliares e assistentes técnicos, inclusive quatro mulheres: Dulcinéia Aparecida Wendt Franco, Cleonice Stefani Salvador, Esther Antonieta Viana Perfeito e Nair Honda.
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O secretário José Carlos Carvalho nomeou mais três integrantes para a Comissão do Jovem Empresário do Paraná do COIND: José Luiz Domingues, José Luiz Bertoldi e Omar Sabagg Filho.
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Destes três jovens yuppies, Omar Sabbag Filho, engenheiro civil, homem de confiança do prefeito Roberto Requião, é o que tem maiores sonhos políticos: é citado como candidato à vereador e, talvez um dia (quem sabe?) pense em ocupar a poltrona em que seu pai, já falecido, esteve por algum tempo. Só que o Omar senior ali chegou nomeado pelo então governador Paulo Pimentel, quando o prefeito Ivo Arzua foi convocado pelo então presidente Arthur da Costa e Silva para ser ministro da Agricultura.
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O publicitário Sérgio Mercer, dono da "Parceria", ex-presidente da Fundação Cultural de Curitiba, preocupado sempre com a Curitiba que tanto ama (embora seja paranaense de Tibagi), defende uma interessante tese: Rafael Greca de Macedo foi um vereador tão competente que deveria voltar para a Comarca. Como Rafael - que por sinal retornou há pouco de mais uma grande viagem ao Exterior (andou pela Ásia e Austrália) quer, evidentemente, ficar no Legislativo Estadual, Mercer já tem dois outros nomes que gostaria de ver na Câmara: o engenheiro Luís Groff ou o publicitário (e ex-jornalista) Luís Alfredo Malucelli. "Qualquer um deles será um excelente vereador", garante Mercer - disposto, inclusive, a coordenar (e ajudar financeiramente a campanha do amigo que topar disputar a pesada eleição).
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