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Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 13 de julho de 1976
A partir de julho, duas novas marcas apareceram no mercado ou melhor, passaram a ter uma maior autonomia em termos de mercantilização. A Warner Brothers Records, um dos mais poderosos grupos americanos que inicialmente tinha contratado com o grupo Phonogram para sua comercialização no Brasil e que, nos últimos 3 anos, saía pela Continental, torna-se agora autônoma, com grandes planos. André Midani, o ex-diretor geral da Phonogram, assumiu a presidência da WBR no Brasil, trazendo para a vice-presidência comercial o competente Paulo Genaro. O primeiro suplemento da Warner Brothers sai nos próximos dias, com um lançamento de grande significado: "Urubu", o lendário disco que Antonio Carlos Jobim gravou em fins de 1975 nos EUA, com arranjos de Klaus Ogerman.
A Continental, que não dorme de touca, supre o claro aberto com a saída do grupo Warner, através da criação de uma nova etiqueta a Phonodisc, igualmente com um elenco dos mais variados. E por este novo selo, aparece o lp "Raythm Heritage", produção original da ABC Records. Trata-se de um disco dos mais "quentes" da temporada com um grupo formado por Michal Omartian (teclados), Ed Greene (bateria), Ray Parker, Ben Benay e Dean Parks (guitarras), Scott Edwards (baixo), Paulo Hubinon e Tony Terran (pistões), Victor Fieldman (percussão), entre outros. Com o ritmo bem dosado, ideal para "discotechs", o Rhythm Heritage desfila com "hits" novos - como "Disco-Field", "Bareta's Theme" (Keep Your Eye On Ttthe Sparrow", "Blockbuster", tema central de "Three Days Of The Condor", além do "Disco-Field". Mas há também um antigo tema popularizado pela orquestra de Duke Ellington (1899-1974) - "Caravan". "Rhtyhm Heritage" é o tipo do disco pensado e produzido para agradar com facilidade uma imensa faixa de público consumidor da música que dança nas boites e curte trilhas sonoras das telenovelas.
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