O autógrafo de Ângela
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 04 de janeiro de 1977
Dona Julia, a simpática (embora nem sempre bem humorada) proprietária do restaurante Matterhorn, tem um livro de autógrafos de personalidades que já experimentaram as delícias (nem sempre) de sua cozinha, onde um autógrafo, colocado numa noite do inverno de 74, adquiriu agora sentido histórico. Quando Ângela Diniz vinha semanalmente a Curitiba, para apresentar ao lado do jornalista Gilberto Di Pierrô (hoje diretor-geral da "Última Hora", São Paulo), o programa de Tv "Giba Um e as Feras", numa sexta-feira à noite, em companhia de várias outras personalidades - a elegante Heloísa Lustosa, diretora executiva do Museu de Arte Moderna do Rio, jornalista Marisa Raja Rabaglia, advogado Fernando Miranda, entre outros, foi experimentar o foundue de queijo do Matterhorn. Após o jantar, na sobremesa, o maitrê trouxe o livro de personalidades onde todos assinara, acompanhado de pequenas observações. Ângela, que estava bastante irritada por uma pequena discussão com um dos presentes, escreveu simplesmente: Ângela Diniz, a pantera de Minas aquela do crime".
xxx
No domingo seguinte, O ESTADO publicou a observação feita por Ângela no livro. O que não agradou, em absoluto a bela elegante de Minas Gerais, que aos 33 anos, morreu de forma trágica no penúltimo dia de 76.
xxx
Nos fins-de-semana que passou em Curitiba, Ângela era muito badalada, em alguns círculos sociais. Houve mesmo alguns nomes "colunáveis" que brigavam por receber a famosa Pantera de Minas que na época estava residindo em São Paulo.
Enviar novo comentário