Ed Maciel, o trombonista
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 04 de janeiro de 1977
Apesar de seus múltiplos compromissos no Rio de Janeiro - onde é primeiro trombonistas da Sinfônica Brasileira, de uma orquestra de televisão e um dos mais disputados instrumentistas para gravações em todos os estúdios, o maestro Ed (mundo) Maciel, 49 anos, 32 de vida profissional, acabou estendendo sua permanência em Curitiba até ontem a tarde. Ed Maciel, junto com seus 12 músicos, veio para tocar no sofisticado reveillon do Graciosa Country Clube, no dia 1o de janeiro prestigiou a festa dos melhores dirigentes sociais de 76, promovido pelo jornalista Carlos Tavares, de O ESTADO e ontem, pela manhã, acertou com o empresário Avelar Amorim, um roteiro de apresentações no Paraná durante 1977. Embora os preços que cobre sejam os mais altos do País, a orquestra de Ed Maciel é disputadíssima, com um calendário preenchido com meses de antecipação.
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Mineiro de Belo Horizonte, filho e irmão de músicos - Edson Maciel, sem mano caçula, é também excelente trombonista de vara, Edmundo Maciel já gravou uma dezena de elepês como solista e líder de sua orquestra, além de ter participado de centenas de sessões, acompanhado cantores (as) e mesmo outros instrumentistas. Iria fazer um elepê na Sigla/Som Livre, mas divergências com o diretor artístico Guto Graça Mello, motivaram mudança de planos e agora seu próximo álbum sairá mesmo pela RCA Victor, a convite de seu novo diretor artístico, Durval Ferreira.
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Um novo grupo vocal-instrumental aparecendo na cidade. Tem o curioso título de Irynus & Guerra Fria e após obter o segundo lugar no último (e lamentável) festival de música popular do Santa Mônica Clube de Campo, foi reestruturado pelo radialista Paulo Roberto Oliveira. Formado por Waluir, Julinho, Eduardo e Cláudio, gravou uma de suas composições, "Miserê em Mi Maior", nos estúdios de Percy Tamplim e esta canção além de estar sendo divulgada pela Rádio Iguaçu, foi enviada a Wea Discos Ltda. (Warner Communications), que está recolhendo fitas de todos os compositores da terra, para selecionar alguns que serão editados em seu futuro suplemento nacional. Embora com vendas excelentes em seus primeiros meses de funcionamento no Brasil, a WEA até agora só editou em elepê de artistas brasileiros. "Urubu" com Antonio Carlos Jobim, gravado nos EUA em fins de 1975.
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