O marketing de Pedroso
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 10 de fevereiro de 1978
O empresário José Pedroso de Moraes conseguiu encerrar o ano de 77 não apenas com bons lucros, mas também fumando o cachimbo da paz com sues concorrentes, em são Paulo. Há dois anos, quando Pedroso, com sua agressividade e coragem caipiras, entrou no ramo dos tapetes e das forrações, em São Paulo, enfrentou a má vontade dos empresários quatrocentões, que não queriam, em absoluto, dividir o mercado com o concorrente curitibano. Pedroso, que sem nunca ter recebido qualquer aula sobre marketing ou técnica de vendas, na prática tem condições de ensinar muito a Peter Drucker, formulou sua estratégia e, mesmo tendo prejuízos nos primeiros meses, conquistou a freguesia: maciça publicidade, preços mais baratos do que em qualquer outra loja e total agressividade nas vendas. "Nunca os paulistas compraram tão [barato]", afirma.
Seis meses depois a concorrência já sofria e os mais fracos acabaram fechando as portas.
Pedroso, que havia feito bons estoques, ajustou então os preços ao real e ficou, tranqüilo, com a maior fatia do mercado. Os concorrentes que sobraram o procuraram e o convidaram para associações, dentro da velha filosofia: "se não pode derrotar o inimigo, una-se a ele".
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Agora, Pedroso está entrando firme no setor imobiliário: comprou a produção de cinco fábricas de porte médio, da região de Curitiba, e está introduzindo um econômico sistema de vendas. "Salvei alguns empresários do setor de irem à falência e estou abrindo o leque de minhas lojas", diz com a sinceridade de homem de Almirante Tamandaré.
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