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Aramis

O som do Clorofila volta para Curitiba

Três anos depois de ter permanecido vários meses em Curitiba, o duo Quintal de Clorofila - formado pelos irmãos Negrende e Dimitri Arbo, estão novamente na cidade. Já fizeram um show no botequim Camarim, mas agora vão se apresentar em melhor ambiente, possivelmente no Teatro do Paiol, enquanto aguardam data no auditório Salvador de Ferrante. xxx Negrende, 28 anos, toca violão, percussão e tem uma afinada voz. Seu irmão mais novo, Dimitri, 26, é eclético: toca sax tenor, flautas doce e soprano, craviola de 12 cordas, ocarinas, extrai sons perfeitos de garrafas, utiliza sons onomatopaicos e é um bamba na percussão. Já fizeram um elepê independente e participaram de dezenas de festivais. Um grande impulso na carreira do duo foi dado por Oswaldo Montenegro, que conheceram em Ponta Grossa há três anos. Oswaldo convidou Dimitri para tocar flauta e sax tenor na música "O que me Dói é Ver a Gente na Mesma" (José Alexandre), que defendeu no Festival dos Festivais. Depois fizeram parte de um elepê independente de Montenegro, hoje um superstar brega, com público imenso - prova disto que superlotou o auditório Bento Munhoz da Rocha Neto há duas semanas. xxx A temporada do Quintal de Clorofila em Curitiba será de algumas semanas. Ao duo juntou-se um ator argentino, Carlos Stasinsky, que faz performances teatrais. Os três, explica Dimitri, misturam jazz, rock, música medieval, afro, oriental, ritmos latinos (sic), numa geléia geral ao qual deram o escandinavo nome de Vicking Rock. Depois de Curitiba, o grupo vai para São Paulo, via Santos, pois o plano é subir até Belém do Pará.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
3
04/05/1989

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