Observatório
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 28 de outubro de 1980
A professora Rosélys Velloso Roderjam, pesquisadora incansável ,está restruturando as subcomissões de folclore das varias regiões do estado. Em Londrina designou a professora Zita Kiel, da Universidade Estadual em Palmas um grupo devera ser formado dentro de algumas semanas. Instalada em 15 de maio de 1948, a Comissão Paranaense de Folclore que tem Rosélys como presidente , esta lançado agora , reunindo um estudo da própria professora Rosélys sobre as origens do fandango paranaense ao lado do interesse apreciação sobre as ''constância melódicas'' desta dança elaborada por Bernadete Zagonel. Já Maria de Lurdes Amorim Conscetino, nostalgicamente, fala de frutas e doces dos nossos quintais.
LEGENDA FOTO 1 : Roselys Roderjam.
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Um espetáculo cristalino, perfeito, como poucas vezes tem oportunidade de se aplaudir. É o mínimo que se pode dizer sobre a única apresentação de Turbio Santos e seu grupo de Choros do Brasil, domingo a noite, no teatro do SESI. Um publico interessantíssimo - muitos estudantes e professores de violão na platéia , que aplaudiu demoradamente a Turibio , Rafael Rabello e João Pedro no violão e Jonas no cavaquinho. Didaticamente , Turibio , explicou antes de cada numero o significado da musica ,falou de seu ator , situando no contexto de nossa vida musical. O resultado não poderia ser mais positivo, fazendo que lamente apenas que o recital tenha se restrito numa noite. Promoções como esta - patrocinada pela aliança Francesa, merecem todo o estimulo. Após o concerto, Turibio reencontrou com um velho amigo de Rio de Janeiro que como ele fazia bem humorados programas musicais : Waldomiro Gomes, desde março radicado em Curitiba com uma academia especializada em violão clássico, instalada na rua Carlos de Laet,1289, Vila Hauer (fone 276-3836).
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Mais uma contribuição para o Pernambuco Mário Sotto Maior, diretor do instituto Joaquim Nabuco de pesquisas sociais, em Recife acrescentar na próxima reedição ampliada de seu "Nome Próprio e Comuns" há cinco irmão paranaense com as nomes participando por ZOR numa combinacão totalmente inédita. Alfredo Trindade oficial do exército, já falecido há 47 anos, escolheu um nome bíblico: Zorobaal. Depois veios outros - as quais inventaram nomes como Zorobadel , Zoronilde e Zuriel .
Os netos também tem o nome na mesma linha: Zoroala, Zoronilda, Zolfran, Zuriomar e Zulmara entre outros .
Zorobal, patrulheiro rodoviário federal , chefe do núcleo com sede em São José dos pinhais , é chamado simplesmente do "Zorro" - mas sem qualquer comoção com os dois personagens popularizados com este apelido: o mascarado da Califórnia no século passado ou o originalmente "the lone ranger" companheiro do tonto em aventuras do Oeste Americano.
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Há alguns anos, Mário Sotto Maior fez uma primeira edição de "Nomes Próprios Pouco Comuns", onde levantou os nomes mais originais que encontrou, especialmente dos Estados nordestinos. Mas já naquela primeira edição incluía o nome de Porcia (dos Guimarães Alves) entre os originais. Posteriormente, a conhecida educadora ao dar um curso no Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais tornou-se amiga de Mairo, autor de vários livros ligados à cultura popular, além do "Dicionário do Palavrão", obra proibida durante 8 anos, e hoje já com várias edições esgotadas.
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AS variadas correntes dentro daquilo que se pode classificar de "o humor na música popular brasileira" foram levantadas na noite de sexta-feira, durante o painel promovido pela Fundação Cultural, dentro da Feira Nacional do Humor. O jornalista Tarik de Souza, do "Jornal do Brasil" e "Veja", preparou um breve levantamento - em sua linguagem enxuta e objetiva, cuja leitura propiciou que os demais participantes da mesa - Zuza Homem De Melo, da Jovem Pam e "O Estado de São Paulo", Edilson Leal, da "Folha de Londrina", Luiz Augusto Xavier e este colunista, acrescentassem outros pontos de vista. Assim se falou da importância dos compositores e interpretes do gênero samba-de-breque, uma das vertentes mais bem-humoradas na canção brasileira. Também a linguagem dos cantores nordestinos e dos interpretes não urbanos, com suas frases em duplo sentido e um humor bem brasileiro foram lembradas - citando-se vários exemplos.
Edilson Leal, um incansável defensor da MPB, acha que está faltando humor na música brasileira atualmente, especialmente por parte de interpretes, criticando a "dor-de-cotovelo" que marca o repertório das novas cantoras. Também os sambas-de-breque, com seus toques humorísticos, enfaixam um humor negro, sádico, cruel, no entender do jornalista de Londrina. Já Luiz Augusto Xavier lembrou Raul Seixas e Gonzaguinha que, direta ou indiretamente, também tem marcado seus discos com alguns momentos humorísticos. Mas os casos mais representativos estão no passado, especialmente em Lamartine Babo, como acentua Zuza Homem de Melo, acrescentando que o desaparecimento da musica de carnaval, em seu estilo tradicional, especialmente as marchinhas, provocou esvaziamento de um dos filões mais ricos do humor musical.
No final ficou a idéia - entusiasticamente defendida por Sérgio Mercer, presidente da função cultural em se fazer uma pesquisa de profundidade, recolhendo inclusive exemplo da musica humorística não gravada, para uma grande antologia. Ao menos em termos locais, um exemplo de compositor bem humorados em suas parodias é do veterano Se pequeno que durante mais de uma década era uma das presenças animadas do'' Feria de alegria '', programa de auditório que a dupla Belarmino -Gabriela conduzia aos domingos, na rádio guairaca , na rua barão do rio branco. Acordeonista e compositor de boas idéias é Pequeno fazia um sem numero de parodia - e do futebol a política , além de algumas outras , bastante audaciosas , e que reserva e para audições particulares com amigos. E as quais hoje já sessentão e aposentado, não gosta mais de interpretar.
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Dois (bons) exemplos da participação de grupos multinacionais em favor de nossa cultura. Hoje à noite, no museu Guido Viaro na inauguração da mostra de fotografias de Luigi Mamprim, como patrocínio de dupont do Brasil S/A .Amanhã
no salão de exposição do teatro Guaíra, inauguração de mostra ''Destaques Hilton do Brasil '', com patrocínio de relações públicas da Du Pont estão desde domingo na cidade, cuidando dos detalhes da exposição de Mamprim, que tem por temática os índios brasileiros. A Du Pont do Brasil S/A levou esta mostra a várias cidades, atingindo especialmente o público estudantil. Já a mostra patrocinada pela Souza Cruz incluiu o curitibano Carlos Eduardo Zimmermann, ao lado de 11 outros artistas plásticos dos mais promissores; Carlos Bracher, Cláudio Tozzi, Glauco Ponto de Moraes, Israel Pedrosa, João Câmara Filho, Maria Leontina, Pietrina Checcacci, Siron Franco e Tomie Ohtake. Nos Estados Unidos, a participação de grandes empresas em eventos culturais é rotina, mas no Brasil ainda são poucos os executivos e empresários que entendem a importância de aplicar recursos nesta área. A propósito, o Banco Nacional S/A participou Cr$ 2 milhões no custo da Feira Nacional do Humor, continuando assim a filosofia do "guarda-chuva" que sempre caracterizou esta instituição de crédito em estimular iniciativas culturais. Ahmer Somet e Glower Duarte, executivos do Nacional no Paraná, quebraram lanças para esta participação do BN na iniciativa da Prefeitura em realizar uma serie de eventos bem humorados durante o mês de outubro.
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