Operação-tartaruga!
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 23 de abril de 1986
Há dois anos, uma pesquisa nacional apontava a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos como a instituição mais confiável para os brasileiros. Uma vitória bonita para um serviço que durante décadas era identificado com irresponsabilidade, atrasos e falta de pontualidade.
Muita coisa mudou. E na EBCT, infelizmente, para pior.
Na agência de Gramado, Rio Grande do Sul, às 16h30min do dia 7 de abril, postamos um envelope com textos e fotos, destinados à publicação em O Estado sobre o Festival de Cinema que ali se iniciava. Para garantir a vinda mais rápida do material, optamos pelo Sedex - Serviço de Encomenda Expressa. Número da encomenda: 8843662. Valor: Cz$ 20,53. Promessa da funcionária da agência:
- Em 48 horas a correspondência será entregue em Curitiba.
Uma semana, exatamente, a correspondência expressa - prometida para ser entregue em 48 horas, demorou para chegar a Curitiba. Somente na terça-feira da semana passada, 15 de abril, quando o Festival já havia se encerrado e havíamos retornado, o envelope aqui chegou. No espaço em que a agência de Curitiba deveria colocar a "data de entrega" - apenas um risco.
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A diretoria da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos tem se defendido das críticas que vem sofrendo, alegando que "há um lobby de multinacionais interessadas em acabar com o monopólio do Correio". Pode ser. Mas fatos como o que relatamos - e dos quais temos comprovantes - mostram que a confiabilidade nos serviços de nossos Correios caiu a zero. Para prejuízo de todos!
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