Os portugueses estão chegando... (com muitos dólares e projetos)
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 07 de janeiro de 1976
Apesar do faraônico projeto de transformar Pontal do Sul num centro internacional de turismo, com investimentos de poderosos grupos econômicos portugueses na ordem de US/100 milhões, estar em compasso de espera - os lusitanos continuam interessados em aplicar no Paraná fortunas que conseguiram retirar de Portugal e das ex-províncias ultramarinas.
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Por ter residido 10 anos em Lisboa e desenvolvido grandes projetos em Portugal, Angola, Moçambique, Ilha da Madeira e outras processões lusas, o arquiteto Ayrton Cornelsen continua a ser uma espécie de adido comercial, consultado sempre - e prioritariamente - por todos os grupos que desejam se fixar no Brasil - aqui iniciando novos projetos.
Afastado temporariamente do projeto de Pontal do sul, Lolô cuida agora da associação de Francisco Santos, que era um dos "imperadores" da construção civil, em Curitiba. Com muito "know-how" em construções pré-fabricadas e, principalmente, boas reservas em dólares, Santos estuda várias propostas para reiniciar aqui os seus empreendimentos. Há atualmente 3 grupos da cidade interessados nesta associação.
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Ernesto Vieira, outro próspero empresário português, que em Lisboa era ligado ao setor automobilístico, tem um projeto bem mais amplo: uma associação com a Volvo, para instalação de uma fábrica de veículos no Paraná. A fábrica sueca já há mais de 2 anos pesquisa o mercado brasileiro, com o namoro mais intenso por aqui. Mas sem qualquer definição...
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Os engenheiros Carlos Grillo e Fernando Mueller, que dominavam o mercado de recipientes metálicos para spray, não só em Portugal, mas também na Espanha, exportando ainda para a Inglaterra e França, também definem-se nas próximas semanas, onde instalarão uma fábrica - associados evidentemente a capitais nacionais. Mas com seu "know-how" consagrado.
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