A palavra de Cortazar com os novos do Guaíra
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 17 de dezembro de 1985
Hoje a noite, no auditório Salvador de Ferrante, a última estréia importante do ano. Um espetáculo intitulado simplesmente Júlio Cartazar, adaptação livre de textos e contos do escritor argentino, falecido há dois anos em Paris, onde viveu mais de 20 anos. Dois jovens que completam este ano o Curso Permanente de Teatro - Edson Bueno e César Almeida - fizeram a adaptação dos textos e a direção é da atriz ( e professora) Lala Schineider, que participa também do espetáculo. A música foi criada por Cristina Bedusch, pianista que vem há anos se esforçando em produzir música para teatro no Paraná.
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No elenco de "Júlio Cortazar"estão os atores e atrizes que se formam este ano pelo Guaíra: Maria Ivete Bosaski, Silvia Monteiro, Eliane Karas, Aldice Lopes, César Almeida, José Claudemir Scavazini, Laerte Roch Ratier e, naturalmente, Edson Bueno. Há três convidados especiais: Francisco Nogueira, Cleon Jacques e Paulo Leite.
Explicando a escolha do autor argentino para este espetáculo de encerramento de curso, Edson bueno lembra o poeta chileno Pablo Neruda e diz:
- "Qualquer um que não leia cortazar está condenado. Não l^-lo é uma doença grave e invisível, que, com o tempo, pode ter terríveis consequências. Não quero que estas coisas aconteçam comigo e assim devoro avidamente todas as invenções, mitos, contradições e jogos mortais do grande Júlio Cortazar".
Depois de lembrar as palavras do poeta de Isla Negra, o curitibano Bueno acrescenta:
- "E como são muitos os que não leram Cortazar, vamos ao menos mostrar as suas palavras no palco do Guaíra".
Haverá cinco apresentações de "Júlio Cortaza": De amanhã ao dia 22, sempre às 21 horas. Ingressoas a preço simbólicos.
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