Planos de Zuk
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 04 de fevereiro de 1977
Entre muitos e saudáveis planos, um dos que mais tentam ao novo prefeito de Ponta Grossa, Luiz Carlos Zuk, transcende a área administrativa. Pela sua própria condição de jovem, filho de família de imigrantes e portanto rompendo uma oligarquia que há décadas vinha se perpetuando no poder municipal, Zuk mostra-se sensível a sugestões que lhe foram feitas no sentido de tomar uma série de iniciativas capazes de modificar, a médio prazo, o próprio comportamento da população, em especial no que diz respeito às áreas de lazer e cultura.
Orgulhosa de seu título de "Capital Cívica do Paraná" e contando com centenárias instituições de ensino, Ponta Grossa pode ativar-se culturalmente, com programas mais dinâmicos de atividades. Zuk orgulha-se quando fala da orquestra sinfônica que ali existe, embora de caráter amadorístico e apresentações bissextas. Entidade como o Centro Cultural Euclides da Cunha, presidido por um intelectual de renome nacional como Faris Cmichaelis, autor de numerosa obra, também podem ser agilizadas e integrarem-se num programa de animação cultural e recreativa, que complementará iniciativas no sentido urbanístico - como áreas para pedestres, novas praças, um teatro municipal etc.
A agilização cultural de Ponta Grossa poderá motivar inclusive que se estabeleça um novo circuito para apresentações artísticas, pois prefeitos de outras cidades - como Cascavel e Guarapuava, também começam a perceber-se dos bons frutos que tais programas podem trazer. E se até agora, os artistas de maior gabarito, que tem vindo ao Paraná, se restringem suas passagens a Curitiba e Londrina, cidades que oferecem bons teatros, podem se interessar, naturalmente, em estender a outros municípios suas apresentações. Só depende de serem dadas as mínimas condições de trabalho. E Zuk já está entendendo isso.
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