Resultados práticos
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 20 de junho de 1985
O Pró-Criança já começa a ter projeção nacional. Recentemente, a diretoria da Fundação de Auxílio ao Estudante do Ministério da Educação, Ana Maria Fittipaldi, impressionada com os resultados obtidos em apenas cinco meses de aplicação do projeto, ofereceu a colaboração de até 20 mil merendas diárias para o programa. Infelizmente, no segundo semestre de 85, só quatro módulos funcionarão em bairros de Cascavel, cada um atendendo a cerca de 1.400 crianças.
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Implantando no Jardim Floresta, conjunto habitacional construído pela Cohapar, distante do centro de Cascavel, onde residem famílias de baixíssima renda, o Pró-Criança trouxe impressionantes resultados práticos, conforme o deputado Mário Pereira demonstra em relatório-livro que estará distribuindo, nacionalmente, dentro de poucas semanas.
Os alunos do Colégio Jardim Floresta eram dos mais indisciplinados, a tal ponto que poucos professores aceitavam lecionar ali. Baixo aproveitamento escolar. Baixa freqüência às aulas. A polícia vivia às voltas com casos envolvendo menores: furtos, vidraças quebradas, brigas, etc.
O Pró-Criança, com a prática de esportes e a distribuição de merendas escolares, funcionou durante 5 meses no bairro e refletiu sobre todos os aspectos. Depoimentos de professores, políticos, policiais, pais etc., demonstram a melhoria da disciplina na escola, no relacionamento entre alunos e professores, no aproveitamento escolar e mesmo numa redução praticamente a zero da marginalidade e da criminalidade no bairro.
Dados incontestáveis, documentados em ofícios e cartas, além dos depoimentos pessoais. Tudo conseqüência de um programa que levou à prática do futebol, do basquete, do vôlei e de outros esportes simples a mais de mil crianças que antes não dispunham de lazer orientado. Atraídos, é verdade, pela possibilidade de uma segunda refeição - a maioria, de famílias carentes - as crianças do Jardim Floresta confirmaram o acerto da idéia do deputado Mário Pereira.
Que, agora, que se espera, [possa] ser levado a outros bairros e, em breve, a novos municípios. Afinal, a geração do ano 2000 merece essa atenção.
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