Rita Lee em dose dupla
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 05 de setembro de 1976
O envolvimento da cantora-compositora Rita Lee em problemas de tóxico, inclusive com sua prisão, ao lado das empresárias Monica Lisboa e Judy Spencer, ocorre quando dois discos documentais de diferentes fases de sua carreira foram para as lojas. A Phonogram, onde Rita Lee fêz os primeiros elepes, quando era ainda uma das Mutantes - ao lado dos irmãos Sergio e Arnaldo Baptista, foi também quem primeiro acreditou em Rita como vocalista, lançando-a no elepe " Build Up", paralelamente ao show da Rhodia, em 1970. Com "José", de Georges Moustakis, na versão de Nara Leão, Rita Lee atingiu uma excelente vendagem. Entretanto, foi como superstar do rock tupiniquim que Rita viria a se destacar, formando sua própria banda - a Tutti Frutti e iniciando um circuito nacional, lotando estádios e grandes auditórios. Mesmo tendo trocado a Phonogram pela Sigla/ Som Livre, seus discos registrados naquela gravadora continuam a ter uma boa procura, razão mais do que suficiente para ser feita uma montagem dentro da série " O Melhor de...". Mesmo não merecendo um álbum duplo - ao contrário de outros nomes do elenco da Phonogram, nesta antologia de Rita (Fontana/ Special, 6670571, julho/76), estão 13 músicas que permitem apreciar a evolução de seu trabalho - com composições próprias ou de seus antigos parceiros do grupo Mutantes. Assim temos de sua própria autoria " Mamãe Natureza", " Menino Bonito", " E Você Ainda Duvida", " De Pés No Chão"; já com parceiros são " Vamos Tratar da Saúde" (com Arnaldo Baptista/ Arnolpho Lima), " Eu Vou Me Salvar" (com Elcio Decário), " Hulla-Hilla" (com Elcio Decário), " Yo No Creio Pero..." (com Luis Sergio-Lee Marcuci), " De Novo aqui meu bom José" (Com Arnaldo Baptista, Arnolpho Lima e Sergio Baptista) e " Tratos À Bola" (com Luis Sergio e Lee Marcuci).
Três faixas são de outros autores: " José" de Moustakis, " Tutti-Frutti" (Penniman-Lubin- Bostrie) e " Carlma" (Arnaldo Baptista).
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