Tiro Cruzado
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 29 de setembro de 1978
O arquiteto e ex-prefeito Jaime Lerner estreando uma nova profissão: a de cineasta. Dia 12, à noite, na sala Arnaldo Fontana do Museu Guido Viaro, será exibido o seu documentário "Cidade, Cenário de Encontro", co-realizado com o publicitário Eloi Zanetti e que lhe custou quase Cr$ 200 mil. Já foi apresentado no Festival de Brasília - 78 e a intenção de Jaime é obter o certificado de categoria especial para que o curta possa ser levado nos circuitos comerciais.
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Nem tudo são flores no 1º Simpósio Nacional de Ecologia: jornalistas de órgãos nacionais que cobrem o evento estão apontando muitas falhas em sua organização, inclusive no que diz respeito a seleção dos conferencistas. Hoje o assunto deverá ferver.
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Inaugurada na terça-feira mais um endereço noturno no Setor Histórico, na Rua São Francisco, 329, a Taberna do Rei, especializada em crepério e cozinha européia. Com isto, esvaziará mais o Bebedouro, cujos altos preços continuam afastando a freguesia.
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Hoje, duas opções para quem aprecia o bom cinema: na sala Arnaldo Fontana, às 200,30 horas, o inédito "Ladrões de Cinema", que Fernando Cony Campos rodou há 2 anos mas que até agora não conseguiu lançamento comercial em Curitiba. À meia-noite, no Astor "Jogos de Azar", de Robert Mulligan, praticamente inédito na cidade, já que foi exibido apenas em programa duplo, há mais de 2 anos.
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E falando em cinema, graças exclusivamente ao Goethe Institut, a partir de amanhã, na sala Arnaldo Fontana, mostra do filme operístico, a maioria rodada na Ópera de Hamburgo.
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O número de setembro de "Hoje/Os Melhores Livros" traz uma longa entrevista com Heberto Sales, diretor do Instituto Nacional do Livro e autor do romance "Cascalho".
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Ainda não foi definido o destino da Thaliatur Turismo Ltda. O relatório do auditor Walter Heuer, contratado pelo presidente Eolo Schuartz, que está sendo publicado agora, em sua primeira parte, no "Jornal da Thalia", diz que "apesar de insistentes apelos não recebemos os necessários elementos a formar um juízo sobre aquela empresa.
Aguardamos até hoje, sem resultado. É imperioso que tenhamos aqueles elementos, pois aquela empresa é um prolongamento desta Sociedade, quer como patrimônio, quer como responsabilidade; e isto é demasiado importante, daí a nossa protelação à um relatório conclusivo que só apresentamos, por insistência da Diretoria da Sociedade, pois por não podemos definir a Thaliatur, corremos o risco de concluir erroneamente sobre a Thalia. Não sabemos até que ponto vão os compromissos daquela empresa de turismo".
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O relatório da auditoria feita na Thalia aponta várias deficiências. Sobre a tesouraria, Walter Heuer inicia dizendo "não sabemos como este setor, de tanta importância para os cofres da Sociedade, estava tão abandonado e jogado à própria sorte". Depois de mencionar vários aspectos irregulares, conclui:
"Não chegamos a saber e nem entender tal procedimento. É por isso que dissemos que tal setor se manteve na base da dedicação e confiança de seus funcionários".
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