Um homem
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 25 de outubro de 1986
PROMOVENDO A MÚSICA
Se cada cidade brasileira tivesse um animador cultural como Paulo Afonso Sciarra, o nosso País seria uma Suíça em termos de arte. Pois, se hoje Cascavel não lembra mais a terrível cobra mas sim tem uma imagem positiva junto a algumas dezenas de nomes expressivos da vida musical isto se deve em grande parte, ao trabalho espontâneo, anônimo e sobretudo apaixonado que Sciarra desenvolve a 4 anos.
Paulista de Catanduvas, 37 anos, morando em Cascavel desde 1982, Paulo Afonso se tornou uma espécie de secretário da Cultura sem pasta. Aliás, se quisesse já seria secretário da área na administração Fidelcino Tolentino, preferindo, porém, dirigir seus negócios, pois ao lado do irmão Eduardo, 33 anos, engenheiro há 10 anos, comanda um grupo de cinco empresas, uma das quais - Formato - constrói 14 prédios na região.
Advogado da turma de 1973 da Faculdade de Direito do Largo do São Francisco, em São Paulo - onde foi colega de Cau Pimentel, um dos mais sensíveis compositores da nova geração (um pouco de seu talento está num excelente lp da extinta Pointer), Paulo Afonso é apaixonado por música - sem limitações de gênero, número e grau. Disposto a dividir sua discoteca (excelente) e conhecimento com amigos, criou, junto com o jornalista (e cantor nas horas vagas) Caio Gotliebe, colunista (e diretor comercial) do jornal "O Paraná", o Clube da Noite, que mensalmente leva a Cascavel uma grande expressão musical - de Arthur Moreira Lima a Emílio Santiago. Mais do que simples contratados, os artistas ficam amigos e admiradores de Cascavel, pois ali encontram em Paulo Afonso e sua simpática esposa, Márcia, um tratamento que poucas vezes recebem. Com isto, hoje, Sciarra pode assessorar qualquer projeto cultural, graças aos seus contatos nacionais - um dos fatores que vem fazendo com que o Fercapo atinja cada vez mais uma credibilidade e prestígio fora do Paraná.
Enviar novo comentário