As verdades de Fátima
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 10 de outubro de 1975
A entrevista de Fátima Freire, a Adelaide Amaral, a Amaralzinha, da novela "Senhora" (TV Iguaçu 18 horas), publicada no último número de Gente/Fatos & Fotos", revela a bela atriz curitibana não apenas como a linda loira que todos conhecem mas, sobretudo, como uma moça inteligente, que sabe das coisas. Fátima, que chega nos próximos dias a Curitiba, para descanso de uma semana (há 10 meses que não vem ao Paraná) fala de sua carreira - pequena mas marcante, de seu pai e, principalmente, de suas idéias muito pessoais em relação ao mundo que o cerca.
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A beleza de Fátima começou a ser notada na Suiça, quando seu pai, o cientista Newton Freire-Maia, trabalhava na OMS, em 1969/70: foi capa da revista "Illustrée" e desfilou para uma butique que tinha roupas de Pierre Cardin. De volta a Curitiba, trabalhou em televisão e fez uma peça, "Até o Último Homem", de Eddy Antonio Franciosi. No Rio, depois de algumas dificuldades, passou a aparecer em programas de humor da TV-Globo [("]Satiricom", "A Grande Família e "Moacir Franco") até que no ano passado, teve sua maior chance: telenovela "Cuca Legal", era a secretária Elaine, que começou num pequeno papel e quase acabou casando com o herói da estória, Francisco Cuoco. No cinema, apesar da recusa em aparecer nua, tem tido alguns papéis: "Quem Tem Medo do Lobisomem", de Reginaldo Farias; "Motel" e "Loucuras de um Sedutor", ambos de Alcindo Diniz.
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Fátima fala de seu avô, em Boa Esperança, Sul de Minas e a respeito de seu admirável pai, diz, com entusiasmo que "como idealista, é o primeiro a compreender o meu idealismo, porque foi ele quem incutiu a em mim a vontade de fazer coisas. A garra, tudo eu aprendi com ele, vendo como ele é. Nós somos muito parecidos, mentalmente. É uma pessoa incrível, um sonhador. Um homem muito romântico, que faz poesia, que elege a mulher amada. É um Vinícius cientista, entende?"
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Outra opinião de Fátima: Não sou puritana, acho que cada pessoa tem o direito de viver, sua própria vida como acha que deve, mas tenho cá os meus princípios, realmente inalteráveis. Não é prá ninguém se assustar, não: eu acho que tudo está certo, desde que a pessoa ache que está certa. Por isso na consciência de cada um. Quem acha uma determinada coisa errada e faz essa coisa, então é pecado. Do contrário não".
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O título que o jornalista Renato Sérgio deu a bem ilustrada matéria de três páginas sobre Fátima, não poderia ser melhor: "O pai de Fátima Freire é um especialista em genética. Ele sabia o que estava fazendo".
LEGENDA FOTO - Fátima
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