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Manoel de Barros, o enlouquecedor de palavras

Como aconteceu com Cora Coralina (Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, Goiás Velho, 1889 - Goiânia, 10/04/1985), cuja imensa e bela obra poética só foi descoberta quase no final de sua vida, outro poeta do Centro-Oeste - o advogado e fazendeiro Manoel de Barros é, aos 72 anos, completados no último dia 9 de dezembro, desconhecido ainda do grande público.

Nasce um cineasta com a poesia de Manoel Barros

A expectativa era de que "Caramujo-Flor" fosse apenas um filme para revelar a obra de um dos maiores poetas vivos do Brasil, mas ainda ignorado da maioria do público - o matogrossense Manoel de Barros (Cuiabá, 16/11/1916), enaltecido por intelectuais que vão de Millor Fernandes e Antonio Houaiss (que aparece na primeira seqüência), mas com sua (pequena) obra praticamente inédita fora de um fraternal círculo de iniciados.

Leminski ganha música na vanguarda de Itamar

Não há dúvida que o curitibano Paulo Leminski conseguiu enturmar-se com bom marketing entre a vanguarda paulista. A mídia impressa foi generosa na cobertura do evento No Canto da Palavra, iniciativa da Brasiliense Promoções Culturias que, por quatro noites no Dama Xoc realizou uma espécie de parcerias, juntando pessoal da música de vários estilos - e que se encerrou sábado, 17, com Leminski, Renato Russo e a cantora Fortuna falando de música pop e rock. Paulo até cantou e pelo visto vai acabar, em greve [breve], fazendo um disco. xxx

Os premiados de 88

Em suas seis edições, a Fampop já impulsionou as carreira de muitos talentos. Não apenas pelos prêmios em dinheiro (embora estes sempre contem), mas pela seriedade da feira, o número de inscrições aumenta a cada ano (em 1987 passaram 800, do todo o país; este ano, mesmo caindo um pouco, foi também expressiva). Muitos dos vencedores em Avaré são os chamados ratões de festivais, compositores-intérpretes que não conseguindo ainda as chances industriais (disco, televisão, grandes shows), sobrevivem participando dos principais festivais competitivos que se espalham pelo Brasil.

Arrigo, a hora de se tocar no rádio

Há algumas semanas, o governador Álvaro Dias teve um convidado um tanto diferente para o almoço. No cardápio, ao invés de conversas político-administrativas, um papo mais descontraído: a música e o cinema. Especialmente, os trabalhos jovens, de vanguarda. Interlocutor: Arrigo Barnabé, paranaense de Londrina, na oito anos o "golden boy" de nossa vanguarda musical e que, como os autênticos talentos, sabe conservar a simplicidade.

Titane e Rubinho, o belo canto mineiro

Minas Gerais é um dos Estados mais musicais do Brasil. Qualquer levantamento indicaria dezenas de grandes nomes, do passado e do presente, que nasceram nas alterosas e trouxeram uma imensa contribuição a musicografia. Uma energia criativa que só tem aumentado nos últimos anos, com novas gerações se sucedendo, em diferentes estilos. Há os que dali saíram e obtiveram projeção nacional - alguns (como o próprio Milton Nascimento) retornando depois, enquanto outros, por razões diversas tem preferido a tranquilidade mineira.

O festival reformulado para evitar injustiças

A sugestão foi feita e aprovada: a partir de 1988, o Festival da Canção Regional de Cascavel terá as finalistas escolhidas apenas após o segundo dia. Ou seja, o júri ouvirá todas as canções selecionadas para só então apontar as 12 que disputarão a premiação.

Uma trilha muito louca de Arrigo para o filme "dark"

Arrigo Barnabé, 35 anos, paranaense de Londrina, hoje um dos nomes nacionais no cinema e começando uma carreira cinematográfica - depois de ser Orson Welles (1915-1985) quando jovem no instigante "Nem Tudo é Verdade" de Rogério Sganzerla, vem aí como ator, co-produtor e autor da trilha sonora de "Cidade Oculta", teve que usar de toda sua infl;uência junto à Polygram para que a trilha sonora que fez para este segundo longa-metragem de Chico Botelho saísse em disco.

Diretor fica furioso com defeito no som

Apesar da preocupação de Romeu Grimaldi, arquiteto, coordenador de cinemas de arte em Porto Alegre e membro da comissão organizadora, encarregado das projeções, os projetores de 35mm do Cine Embaixador, falharam quando da exibição do último filme da noite de abertura: após os dois belíssimos curtas - "Roberto Rodrigues" e "Uakti - Oficina Instrumental" - e de "Vera", de Sérgio Toledo (que ao lado de sua premiada atriz, Ana Beatriz Nogueira, aqui veio - descartando o convite para viajar aos EUA, nesta mesma semana), exibido hors concours, o primeiro filme em competição "Nem Tudo É Verdad
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